O secretário de Saúde de Santos, Adriano Catapreta, demonstra preocupação com o comportamento de parte da população, que ainda resiste às medidas de restrição necessárias para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus.
“Cada um tem que se policiar, usar máscara, fazer higienização das mãos e, principalmente, evitar aglomerações. Se realmente não precisar, não saia de casa”, recomenda.
Catapreta afirma entender os impactos negativos na economia. “É uma balança entre a economia e a saúde. Nós sabemos o impacto econômico, também me preocupa muito. Gerará muitas doenças, pessoas terão depressão, ansiedade, síndrome do pânico, suicídios e a fome. Enquanto a gente não vacinar toda a população estaremos nesta balança. A gente sabe que a economia precisa girar, mas tem que ser com responsabilidade”, afirma.
O secretário ressalta a eficiência de medidas de restrição no enfrentamento da doença. “Assim que saímos do lockdown, a taxa de ocupação de leitos subiu de 58% para 72%, chegou a 75% de leitos de UTI. É uma situação instável, que não dá para a população achar que está tudo bem. A doença não foi embora”.
Kit-Covid não funciona
Hidroxicloroquina, ivermectina e outros medicamentos que compõem o famigerado kit-covid são ineficazes no combate ao novo coronavírus.
O secretário de Saúde de Santos, Adriano Catapreta, informa que há, sim, um tratamento inicial na rede municipal mas ele não inclui estes remédios. “Há sim o tratamento inicial sem ser medicamentoso. Temos uma diretriz, seguindo tanto na rede pública quanto particular”.
“Colocamos um ambulatório especializado nas policlínicas em que o paciente é acompanhado assim que ele tem o diagnóstico”, explica. Dependendo do caso, o paciente recebe emprestado um oxímetro para monitorar sua evolução em casa. “Isso evita muitas internações tardias e complicações da doença”, informa.
Via de mão dupla
Os posto de vacinação contra a covid-19 em Santos estão recebendo doações de alimentos, para montagem de cestas básicas. O Fundo Social de Solidariedade (FSS), que coordena a iniciativa, informa que são necessários os seguintes itens: leite em pó, óleo, atum e sardinha em lata, e produtos de higiene pessoal e de limpeza.
As cestas são encaminhadas permanentemente às 102 entidades assistenciais atualmente conveniadas no FSS e a munícipes em situação de vulnerabilidade social, igrejas, permissionários da FeirArte, ambulantes e profissionais do transporte escolar.
As doações também podem ser feitas na sede do FSS (Av. Conselheiro Nébias, 388, Encruzilhada) de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.
Desde o início do ano, já foram arrecadados cerca de 21.790 quilos de alimentos não perecíveis, além de produtos de higiene e de limpeza.
