Clara Monforte

Olhos nos olhos com Ademir Pestana

22/05/2021
Olhos nos olhos com Ademir Pestana | Jornal da Orla

ADEMIR PESTANA é vereador e está na quinta Legislatura, na Câmara Municipal de Santos. Está presidente da Comissão de Finanças e Orçamento e vice-presidente da Comissão de Saúde e Defesa do Consumidor. Além disso, tem uma dedicada gestão na Beneficência Portuguesa de Santos, onde implantou o Programa de Humanização Hospitalar.

Por que seguir a carreira política?
Tudo na minha vida passa pela Beneficência Portuguesa. Quando foi inaugurada a BeneMater, fomos a procura do Certificado ISO 9002. Conseguimos, em parceria com a Cosipa, e a Beneficência é o primeiro hospital filantrópico do Brasil, com o ISO 9002, na Maternidade e no Laboratório. Na época, vários políticos se envolveram e me convidaram para ser candidato a Prefeito. Por questões políticas, não aconteceu. Concorri, então, a Vereador e fui o primeiro vereador eleito, pelo PPS, na Baixada Santista.

 

Qual a sua formação?
Administrador e Contabilista, além de Ótico e Contatólogo. Trabalhei com meu pai que foi comerciante e teve a terceira ótica de Santos, a Ótica Foto União.

 

Você tem vários projetos de lei, todos voltados para a área de Saúde. Qual é o prioritário?
É o Projeto de Humanização da Saúde Pública, não que não tenha, tem e funciona bem, até já conversei com o Prefeito Rogério Santos. É para o bem da população, atendimento mais rápido, mais econômico, diagnóstico mais rápido, evitando três a quatro meses para os exames e para pequenas cirurgias, como por exemplo, a de catarata. Além disso, as pessoas sentem-se mais seguras. Os Planos de Saúde perceberão mais qualidade, menos custo e menos tempo de internação.

 

Você buscou o exemplo em outros hospitais, no Brasil ou no Exterior?
No Brasil o voluntariado é muito pequeno, chega apenas a 7% em comparação com os países europeus, inclusive, nos Estados Unidos que chega a ser de 28 a 30% o número de pessoas que pratica o voluntariado. Na Beneficência já fazemos dessa maneira. A visão na humanização é vermos a pessoa e não, apenas, o paciente.

 

Na Beneficência o familiar pode acompanhar o paciente na CTI, a exemplo de hospitais de São Paulo?
A CTI cardíaca da Beneficência foi a primeira a prever esse tipo de acompanhamento, há mais de cinco anos. O cardiopata está sempre consciente e se sente mais tranquilo com um familiar ao lado, com monitores, num apartamento de portas abertas e toda a atenção.

 

Qual o saldo da COVID na Beneficência, depois de quase um ano e meio de pandemia?
Dentro do parâmetro apresentado pelo Estado, como um hospital privado, apesar de filantrópico, mas com alguns diferenciais. Fizemos uma celebração dos nossos 947 colaboradores porque até hoje não houve um óbito, entre eles. Mas, o índice de óbitos por internações de COVID está dentro dos padrões dos outros hospitais.


Cada vez mais as comemorações em casa estão em alta, claro que, com número limitado de pessoas e todos os cuidados para que ninguém se contamine com o vírus, o mal do mundo. Além disso, são agradáveis e têm caráter de muita amizade e união. 

Nos países europeus, esse tipo de confraternização faz parte da cultura do povo, além da pontualidade no horário. Isso é educação.

Oxalá, essa pandemia que só entristece deixe de saldo esse hábito, aqui para nós, os brasileiros.


O “QUERER” …

Percebo de forma muito transparente, que a diferença entre “tentar” e “conseguir” está na força do nosso “querer”. A força mental é a que comanda a física, pois se a força da mente quer, o corpo obedece e o que é melhor…o corpo fala, ou seja, ele nos responde de forma positiva, através da alegria, do positivismo e do alto astral ou de forma negativa, através da amargura, da doença e da tristeza.

A força do querer torna o pensamento mais firme, mais criativo e seguro de todas as atitudes que tomamos, sem dúvidas e nem vacilos. Quando queremos pra valer, não criamos conflitos nos nossos pensamentos.

Assim, querer é poder…o que é raro é o querer, ou seja, nós sabermos o que queremos, realmente! Isto é o que tem que ser cultivado e treinado, dia a dia, porque querer também é vencer. 

Óbvio que, juntamente com o querer é preciso a atitude. Nada acontece sem ação. O futuro é hoje e a agilidade do tempo é uma realidade.