A pandemia de Covid-19 causou impactos negativos em quase todos os segmentos da sociedade.
Saúde, educação e economia foram os mais afetados, mas não foram os únicos.
Apesar disso, houve alguns segmentos que não foram prejudicados pela crise global e um deles foi o e-commerce.
E-commerce cresceu 75% em 2020
A Mastercard SpendingPulse, um indicador de vendas no varejo, divulgou um relatório apontando que o e-commerce brasileiro cresceu 75% em 2020 comparado ao ano de 2019.
Entre março e maio, o crescimento foi de 48% em relação ao mesmo período do ano anterior, principalmente porque durante esse período, a maioria das cidades brasileiras estava com medidas de restrições bastante severas, dificultando compras físicas em uma época que abrange a segunda maior data comercial do ano: o Dia das Mães.
Bruna Bozano, especialista em e-commerce responsável pela Joias Boz, revelou que as vendas de pulseiras femininas durante os meses de maio e junho de 2020 foram maiores do que as vendas do mesmo tipo de produto durante o último semestre inteiro do ano anterior, mostrando que, de fato, o e-commerce se tornou a primeira opção para a compra de presentes nas datas comemorativas.
Em 2021 não parece que será diferente, visto que 66% da população pretende comprar presentes de dia das mães, apesar da pandemia, segundo estudo realizado pela All iN e pela Social Miner em parceria com a Opinion Box.
Mais de 135 mil lojas online foram criadas durante a pandemia
Desde o início da pandemia, a demanda por criação de sites e lojas virtuais foi a maior já vista, desde o início das operações digitais brasileiras.
Até junho de 2020, foram criadas mais de 135 mil lojas virtuais. A média mensal anterior era de 10 mil novos e-commerces por mês, segundo a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).
Artigos de Lazer, Livros e Produtos de Drogarias tiveram o maior aumento nas vendas
Segundo o relatório da Mastercard, os setores que tiveram o maior aumento nas vendas de 2020, comparadas ao ano anterior foram:
- Hobby e livrarias: +110%;
- Drogarias: +88,7% (álcool em gel, máscaras e luvas descartáveis e remédios contra sintomas, foram as maiores fontes de receita).
O impacto do isolamento social e da crise de saúde fica facilmente identificável ao estudar esses números e reflete o impacto da preocupação com a saúde mental e física durante a pandemia.
Compras Online Já Eram Preferência dos Consumidores Antes da Pandemia
Em 2019, uma pesquisa realizada pela NZN Intelligence, já revelava que mais da metade dos brasileiros (74%) preferiam realizar compras online a presenciais.
O sinal sobre a necessidade de digitalização já estava aceso na maioria das empresas, mas muitas ainda não tinham iniciado um processo para tornar o plano em realidade.
Compras Online continuam nos planos pós-pandemia
Segundo o Relatório Varejo 2021, publicado pela plataforma de pagamentos Adyen, mesmo quando a pandemia de Covid-19 acabar, 62% dos consumidores pretendem continuar realizando suas compras digitalmente, mostrando que a realidade do mercado não deve voltar a ser como antes da crise.
Conclusão
O aumento das vendas no e-commerce e da criação de novos negócios digitais não foi uma surpresa para o mercado e logo no início da pandemia foi possível compreender que as vendas online seriam mais do que uma possibilidade capaz de oferecer comodidade, mas um recurso capaz de atender às necessidades básicas e urgentes de uma grande parcela da população.
Para as empresas, o que antes era uma opção e possibilidade de crescimento, tornou-se uma obrigação e necessidade de sobrevivência.
A aceleração digital se tornou uma regra e o seu resultado a possibilidade de sobrevivência e crescimento dos negócios, enquanto a recusa ou a demora em relação à adaptação podem significar o encerramento de empresas que tinham bons resultados no mundo físico.
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