Joana D´Arc, Marie Curie, Frida Khalo, Leila Diniz estão entre as mulheres que colaboraram decisivamente para reduzir as desigualdades de gênero. Liberdade, valorização de talentos, combate a violências físicas e simbólicas foram alguns dos benefícios (para a toda a sociedade) que elas ajudaram a construir. Felizmente, elas não estão sozinhas nesta luta e, recentemente, várias outras mulheres ajudam a fazer com que, cada vez mais, todo dia seja Dia da Mulher. Confira:
Rosalind P. Walter
Muita gente não sabe, mas o desenho que se tornou símbolo da luta das mulheres por seus direitos foi feita a partir da foto de uma mulher de verdade, cuja história de vida inspirou diversas outras. Em 1943, Rosalind P. Walter trabalhava como operária numa fábrica, rebitando chapas metálicas para serem usadas na construção de aviões, nos Estados Unidos. Era o auge da Segunda Guerra Mundial, e as mulheres foram convocadas para ajudarem, enquanto os homens estavam nos campos de batalha. Após o conflito, Rosalind atuou em causas filantrópicas, na defesa das ciências humanas, do meio ambiente e de um canal de TV educativo. Ela faleceu em 2020, aos 95 anos.
Angela Davis
Professora e filósofa, foi uma das primeiras vozes a alertar que machismo e racismo andam de mãos dadas, penalizando duplamente as mulheres negras. Em seu livro “Mulheres, Raça e Classe”, a explica que, no período da escravidão, os patrões viam os corpos das mulheres negras como propriedade e se achavam no direito de fazer o que quisessem com elas. E tal situação teve poucas mudanças desde então. Na sua mais recente visita ao Brasil, em 2019, ressaltou que não existe uma bandeira mais importante que a outra: combater o machismo e o racismo é, ao mesmo tempo, defender a igualdade de direitos, os mais pobres e a democracia.
Lady Diana
O script centenário da Família Real Britânica definia que ela seria uma figura meramente decorativa, cuja agenda se ocuparia apenas com frivolidades, eventos protocolares e poses para fotos. Mas a personalidade de Diana Spencer foi mais forte que as tradições da Casa de Windsor. Além de contestar costumes anacrônicos, Diana chamou a atenção para temas sérios como o combate à Aids, à fome e o combate a minas terrestres. Considerada “a mulher mais fotografada da história”, utilizou a condição de celebridade para ajudar a arrecadar fundos spara centenas de instituições de caridade.
Linda Nochlin
Quando publicou o livro “Por que não existiram grandes artistas mulheres?”, em 1971, a historiadora Linda Nochlin colocou o dedo na ferida: sua profunda pesquisa demonstrou que durante séculos, as mulheres fizeram parte do processo criativo, mas nunca tiveram seus trabalhos devidamente reconhecidos. Mais do que isso, embora muito talentosas, muitas mulheres deixaram de ter carreiras artísticas promissoras por causa de barreiras sociais. A importância do trabalho de Linda transcende o segmento artístico pois indica que a impedimento da atuação feminina acontece em todas as demais áreas.
Marielle Franco
Mulher, negra, nascida em favela, mãe solteira e bisexual, a sociológa atuou em defesa das minorias e dos direitos humanos, inclusive dos policiais e seus familiares vítimas da violência no Rio de Janeiro. Filha de vendedores ambulantes, graduou-se em Ciências Sociais e concluiu mestrado em Administração Pública. Marielle Franco afirmava que ser feminista significava defender direitos e serviços públicos dignos às mulheres, desde impedir que ela seja assediada no transporte coletivo a receber atendimentos de qualidade como ginecologistas e creches para os filhos. Eleita vereadora no Rio de Janeiro com 46 mil votos, foi assassinada a tiros, em março de 2018. Apesar de os executores terem sido presos, até hoje os mandantes do crime não foram identificados.