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Gratuidade e gratidão

27/02/2021
Gratuidade e gratidão | Jornal da Orla

Em tempos da pandemia assolando nações, temos registrado, igualmente, manifestações muito positivas.
Um vídeo nos chamou a atenção e descreveremos as cenas, ao sabor da nossa própria imaginação, acrescentando frases e ideias.

O locutor fala de um homem, na Itália que, aos noventa e três anos, foi hospitalizado com Covid-19.

Ao ter alta hospitalar, foi-lhe informado que deveria pagar a quantia de 500 euros pela utilização do respirador artificial.

Lágrimas rolaram pelas faces do idoso. O médico lhe disse que ele não deveria chorar pela conta. Afinal, tudo poderia ser resolvido.

Um acordo poderia ser feito. Ele poderia negociar a dívida, na tesouraria do hospital. Não havia motivo para que ele viesse a se desesperar.

No entanto, ainda emocionado, respondeu o italiano: 

-Doutor, não choro porque preciso pagar esse valor. Eu disponho do dinheiro, sem problemas.

-É que me dei conta de que preciso pagar por ter utilizado um respirador que me permitiu respirar, na crise epidêmica. No entanto, eu respirei o ar de Deus por noventa e três anos, e nunca, sequer, agradeci por isso.

-Registro agora o quanto devo ao Grande Arquiteto do Universo: foram 93 anos de ar gratuito. Ar que encheu meus pulmões, que me permitiu viver, correr, trabalhar, amar, constituir família.

-Todos os dias da minha vida! Eu viajei a muitos países e em nenhum deles paguei imposto ou qualquer taxa pela utilização do ar marítimo, da montanha, dos vales, das florestas.

-Nunca precisei disputar vaga para ter acesso a esse ar. Como pude viver tanto e não perceber essa grande dádiva, diária, constante, todos os dias?

[com base em vídeo motivacional de Fábio Nunes e na Redação do Momento Espírita]

Diariamente, recebemos muitas dádivas do Grande Arquiteto do Universo. O ar que respiramos é apenas uma delas.

Cabe-nos o dever, como usufrutuários deste imenso lar, chamado Terra, que não o contaminemos, com nosso desleixo, com nossas agressões ao meio-ambiente. Isso é o mínimo que nos compete fazer.

E, respirando longamente, agradecer a providência Divina que tudo dispôs para nossa vida no planeta.

Se precisamos trabalhar pelo alimento, pelo abrigo, pela vestimenta, lembramos que a Divindade nos recompensa o labor.

Como relatou o escrivão oficial de Pedro Álvares Cabral: “esta é uma terra abençoada em que, nela se plantando, tudo dá”.

Vivemos em um planeta extraordinário. Semeamos e colhemos. Regamos e vemos a planta brotar, crescer, oferecer flores e frutos. Os campos verdejantes se estendem a perder de vista.

A floresta exuberante nos mostra a sua diversidade, que acolhe as mais variadas espécies animais.

Que planeta é este, tão rico, tão magnífico?

Quanto nos é dado, de forma gratuita.

Com a nossa gratidão, nos cabe uma outra reflexão: que direito temos de desfrutar somente para nós os bens da Terra?

Se a natureza nos dá o exemplo da generosa oferta a todos, de igual forma, das bênçãos do ar, da vida, não nos cabe lhe seguir o exemplo e sermos um tanto mais fraternos?

Essa é uma importante reflexão para sermos gratos agora, enquanto sentimos o ar nos penetrar os pulmões, respirarmos sem dificuldades, sem ônus algum.

Um simples pensamento de gratidão elevado ao céu é a mais perfeita oração.

PAZ, SAÚDE E PROSPERIDADE