As chuvas de verão, mesmo aquelas que passam rapidinho e parecem apenas molhar o chão, contribuem para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da zika, da chikungunya e da febre amarela urbana. Para se ter uma ideia, basta um pouquinho de água acumulada em um micro recipiente para que a fêmea adulta deposite ovos milimétricos, praticamente imperceptíveis a olho nu (medem 0,4 milímetros).
O calor auxilia na eclosão dos ovos, iniciando a fase larvária do inseto. Em cerca de uma semana, o mosquito atinge a fase adulta. A fêmea, na fase reprodutiva, necessita do sangue humano para amadurecer seus ovos. Se ela pica uma pessoa infectada com dengue, zika, chikungunya ou febre amarela, se torna um vetor. Ou seja, carrega consigo o vírus e o transmite aos demais humanos.
Por isso, a população deve continuar a fazer a sua parte, em complemento às ações que a Secretaria Municipal Saúde de Santos já realiza ininterruptamente. Em 2021, a Cidade contabiliza 13 casos de chikungunya e 11 casos de dengue. O último óbito por dengue em Santos foi registrado em 2015.
"O cuidado deve ser diário e a recomendação é simples: manter os ambientes secos e os locais que armazenam água, como caixas d'água, bem fechados. Piscinas devem ser tratadas com frequência. A fêmea do Aedes aegypti pode dar origem a 1,5 mil outros mosquitos, mas não realiza toda desova em um só lugar. Temos mais de 130 agentes de combate a endemias e realizamos ações praticamente diárias, mas a colaboração de todos é fundamental para vencermos esta batalha", afirma Ana Paula Valeiras, chefe do Departamento de Vigilância em Saúde.