Com o objetivo de preservar vidas, a Secretaria de Saúde de Santos lançou a atualização de orientações a equipes que atendem pacientes com suspeita ou confirmação de covid-19, tanto na rede pública quanto particular. O documento dá atenção especial aos pacientes com fatores de risco para doença grave, como idosos, pessoas com comorbidades ou com baixa imunidade.
Uma vez acometidas pela covid-19, estas pessoas devem ser orientadas a passar por reavaliação a cada 48 horas na policlínica de referência do seu endereço, independentemente da sua condição clínica.
A diretriz também é clara quanto à necessidade de a equipe assistencial considerar com o paciente o retorno para uma nova avaliação no serviço de saúde em caso de piora ou persistência dos sintomas por mais de três dias (neste caso, com repetição dos exames).
A atualização considera o Protocolo de Tratamento da Influenza, do Ministério da Saúde, mais as atualizações e evidências científicas recentes, de âmbito internacional, para assistência dos casos suspeitos e confirmados da covid-19.
Outra importante orientação é a internação hospitalar para casos de saturação de oxigênio igual ou inferior a 93% ou desconforto respiratório e também para pessoas com a persistência de febre a partir de 37,8 graus e outros sintomas respiratórios por mais de três dias.
ISOLAMENTO SOCIAL
Tanto para casos suspeitos ou confirmados da doença, deve-se fazer o isolamento social por 10 dias após o início dos sintomas e até que fique 24 horas sem febre ou sintomas respiratórios. Já para os pacientes com baixa imunidade ou que tenham sido internados em UTI, o isolamento deve ser de 20 dias.
Familiares e pessoas que tiveram contato próximo com o doente devem permanecer em isolamento domiciliar por 14 dias, que é o período máximo de incubação da doença.
COMPARTILHAMENTO
A diretriz já foi apresentada aos diretores técnicos de hospitais e unidades de pronto atendimento das redes pública e privada, com o objetivo de que seja compartilhada nessas instituições de saúde. O documento foi publicado na edição da última quinta-feira (11) do Diário Oficial de Santos.
"Nossa equipe técnica se debruçou sobre as condutas mais significativas para salvar vidas em um quadro de covid-19, além dos estudos mais recentes, que corroboram com essas decisões. Nosso intuito é oferecer o máximo de recursos aos pacientes e reduzir óbitos", destaca Adriano Catapreta, secretário municipal de Saúde.
A chefe do Departamento de Vigilância em Saúde, Ana Paula Valeiras, explica que a diretriz é uma recomendação, sem caráter obrigatório, assim como as demais diretrizes lançadas pela SMS ao longo dos últimos anos para outras doenças como dengue, chikungunya, zika, raiva e febre amarela.
"Trata-se de uma orientação quanto ao manejo que pode ser adotado, em concordância com o que as pesquisas científicas recentes nos mostram que são as mais assertivas. É nosso papel, enquanto Vigilância, estar em pleno acompanhamento dos estudos mais recentes e contribuir com a sugestão de diretrizes assistenciais".