Em 8 de dezembro de 1994, Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, maestro, arranjador, pianista, violonista, cantor e compositor, nos deixava, com apenas 67 anos de idade, em Nova York, cidade que ele tão bem conhecia, desde daquele memorável concerto no Carnegie Hall em 1962, que marcou em grande estilo a estreia da Bossa Nova em solo americano.
Já se passaram 26 anos daquele dia, mas temos a certeza de que ele verdadeiramente nunca nos deixou. Sua música está cada vez mais presente entre nós.
Nestes anos, que se passaram, muitas homenagens foram prestadas ao Maestro Soberano, como a justa alteração do nome do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão para Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/ Galeão – Antonio Carlos Jobim ou Tom Jobim, ocorrida em 1999.
Em 2008, foi inserido no corredor cultural do belo Jardim Botânico, localizado na cidade do Rio de Janeiro, o Espaço Tom Jobim, que compreendia o Teatro Tom Jobim (atualmente fechado pelo grande descaso das nossas autoridades), o Galpão das Artes e a Casa do Acervo, que guarda grande parte do seu acervo pessoal e uma exposição permanente com fotos, partituras originais, objetos pessoais e vídeos.
O belíssimo Jardim Botânico era o local que ele mais gostava de frequentar em vida.
No dia 25 de janeiro, comemora-se o Dia Nacional da Bossa Nova, instituído através de Lei Federal no. 11.926, de 17 de abril de 2009, e também o aniversário de nascimento de Tom Jobim, um dos fundadores do movimento. Uma proposital coincidência.
Em Santos, atendendo à nossa solicitação, o vereador Douglas Gonçalves conseguiu aprovar a Lei Municipal no. 2.972, de 14 de março de 2014, instituindo a Semana da Bossa Nova, comemorada sempre de 19 a 25 de janeiro (neste dia, comemoramos o Dia Municipal da Bossa Nova).
A mais recente homenagem aconteceu em 8 de dezembro de 2014, data que marcou vigésimo aniversário de seu falecimento. Na sua cidade preferida, o Rio de Janeiro, na praia de Ipanema, no Arpoador, Tom Jobim ganhou uma estátua de bronze, assinada pela artista plástica Christina Motta. A imagem retrata ele jovem, nos anos 60, andando com um violão no ombro e foi inspirada numa foto dele tirada ao lado de Vinícius de Moraes, quando ambos estavam no cerrado, em Brasília, compondo a famosa Sinfonia da Alvorada.
Para finalizar, cito um pequeno trecho de sua composição “Querida” (1991), que está perpetuado em sua última morada: “Longa é a arte, tão breve a vida”. E ousadamente complemento: “eterna é sua música”. Obrigado Tom Jobim, que, através da sua música, transformou e inspirou a minha vida.