O mercado automobilístico é um dos poucos segmentos econômicos que mantiveram e até aumentaram os níveis de faturamento durante este ano. Uma das principais razões para esse movimento é a busca por deslocamento sem aglomerações, o que é bastante comum em diferentes modalidades de transporte público no país.
Na busca por adquirir um automóvel, muita gente ainda tem preconceito com os seminovos. O medo de ser enganado ao comprar um automóvel que vai sair muito mais caro após revisões e consertos de problemas que não foram relatados na hora da compra é uma das justificativas comuns para esse receio.
É verdade que é preciso mais cautela na hora de comprar um carro usado, afinal, uma lataria conservada e um capô bem ilustrado podem esconder um motor defeituoso e alguns desalinhamentos originados por batidas.
Apesar disso, o mercado de seminovos é bastante consolidado no país, e existem inúmeros sites para te ajudar a encontrar o modelo mais adequado para as suas necessidades.
Por isso, se você está no processo de escolher um automóvel, mas tem dúvida sobre comprar um 0 km ou seminovo, confira alguns aspectos importantes antes de tomar uma decisão.
Documentação e histórico
Este é um item fundamental, sobretudo, se a compra ocorrer em feiras de carros usados. Ter o número do chassi e da placa te permite pesquisar com detalhes sobre o histórico do veículo em questão: se ele tem multas ou autuações pendentes, é um bem alienado, pertencente a um banco e outros impedimentos que vão exigir alguns procedimentos burocráticos.
Além disso, é fundamental conhecer um pouco do histórico do carro. Por isso, procure conversar pessoalmente com o atual dono do veículo para obter mais informações.
Uma pergunta recomendada é se o veículo já foi envolvido em sinistros anteriormente. Isso te ajuda a saber se o carro teve (ou ainda tem) problemas mecânicos e quais foram as soluções mecânicas oferecidas.
Procure saber como o atual proprietário usa o veículo: é comum que ele fume no carro? Qual é a frequência de lavagem, revisão e troca de peças na oficina mecânica? Conhecer esse passado vai te ajudar a estimar o nível de desvalorização do preço do veículo e perceber que o valor pedido está acima do que deveria.
Quilometragem
Este é um dos principais itens a serem avaliados, pois, além de indicar quanto o carro rodou, ele influencia substancialmente o valor cobrado e a negociação. A regra de ouro é: quanto maior estiver a quilometragem em relação ao ano de fabricação, menor deve ser o valor cobrado.
Infelizmente, olhar o valor apontado pelo odômetro não é suficiente, pois é comum que ocorram fraudes para reduzir o valor da quilometragem e aumentar o preço a ser cobrado na venda. Por isso, é fundamental buscar outras informações sobre o histórico do carro para tentar sacar se o atual dono está passando informações verdadeiras.
Cor e pneus
Além de te ajudar a identificar possíveis arranhões e falhas na lataria do veículo, avaliar bem a cor do automóvel é importante, sobretudo, se os seus planos é revendê-lo no futuro. As cores mais tradicionais no mercado brasileiro são o preto, o prata, o cinza, o branco e o vermelho. Quaisquer outras tonalidades que fogem desse grupo têm mais chances de provocar resistência nos futuros compradores.
Outra dica importante é verificar o estado dos pneus de um carro seminovo. É verdade que, quando se fala em comprar um veículo, o valor dos pneus é bem inferior, mas ninguém quer adquirir um automóvel para precisar parar na oficina mecânica e trocar os pneus dias depois da compra.
Além dos pneus, avalie o estado do estepe e se ele vem junto do automóvel em questão. É bastante comum que o comprador se lembre do estepe apenas quando tiver problemas e precise trocar um dos pneus.
Fatores como a mecânica do veículo são mais difíceis de serem avaliados sem a opinião de um especialista. Mesmo a realização de um test drive pode ser insuficiente para detectar se há problemas nessa questão, como sistema de arrefecimento danificado, frenagem quebrada, motor comprometido e mangueiras desgastadas.
