Comportamento

Sinais e quebra de preconceitos ajudam a prevenir suicídio

05/09/2020
Sinais e quebra de preconceitos ajudam a prevenir suicídio | Jornal da Orla

Se em tempos “normais” as doenças emocionais já fazem muitas vítimas, imagine então durante uma pandemia, quando medos, angústias, incertezas, decepções e outros sentimentos negativos provocam impactos ainda mais devastadores! 

Neste contexto, ganha ainda mais importância a prevenção do suicídio — um problema que considerado como epidemia pelas autoridades de saúde. No Brasil, a cada 45 minutos, uma pessoa tira a própria vida; no mundo, um ser humano se mata a cada 40 segundos.

Embora seja preocupação durante o ano todo, o assunto é discutido com mais intensidade este mês. O Setembro Amarelo busca orientar as pessoas sobre como detectar que uma pessoa precisa de ajuda e as melhores maneiras de fazer isso. 

Os sinais de que uma pessoa pretende se matar nem sempre são visíveis e, portanto, é preciso estar alerta. Muitas vezes, a reação dos que estão ao redor podem piorar a situação, como críticas (“Isso é covardia”,  “fraqueza”), minimizações (“já passei por coisa pior”, “é por isso que quer morrer?”), condenações (“Só que chamar a atenção”, “Falta de vergonha na cara”, “Falta de Deus”), ou pretensas frases de incentivo (“A vida é boa” “pense positivo”, “levante a cabeça”).

 

Sintomas verbais
Embora possam parecer exagero, algumas frases podem, sim, ser um sinal de que a pessoa realmente pode querer acabar com a própria vida. “Quero me matar”, “Quero morrer”, “Não aguento mais”, "Vou desaparecer”, “Vou deixar vocês em paz.”, “Queria poder dormir e nunca mais acordar”.

 

Sinais comportamentais
?    Isolamento: fica muito tempo só, fala na escola ou trabalho com regularidade. 
?    Apatia: deixa de fazer as atividades que gosta
?    Alimentação: passa a comer mais ou menos que o habitual
?    Sono: insônia ou dorme demais;
?    Agressividade: entre jovens, agressividade pode ser um indício de depressão

 

Onde procurar ajuda: o Centro de Valorização da Vida oferece atendimento 24 horas por dia, pelo telefone 188 (ligação gratuita) ou pela internet (www.cvv.org.br).