Mercado de eletrônicos
Muita gente torce o nariz quando vê a frase "Made in China" em algum produto. Isso porque há muito tempo vem se criando uma espécie de pré-conceito e preconceito com itens fabricados no país.
É bem provável que quando mais novo já deve ter ouvido dos pais que produtos chineses só são baratos porque não prestam, não tem qualidade.
Bom, isso até poderia ter sido uma realidade, no passado. Atualmente, a realidade é outra e os brasileiros finalmente conseguiram superar o preconceito com a China e estão cada vez mais consumindo produtos fabricados no país.
É impossível falar sobre o mercado de eletrônicos sem citarmos, principalmente, os smartphones. Hoje, existe uma legião de "seguidores" da Xiaomi em terras brasileiras. Com direito até a conteúdo digital – memes – "brincando" com a resistência desses aparelhos.
Apesar disso, a Huawei já tinha chegado aqui muito antes, mas foi preciso a Xiaomi para finalmente nos convencer de que a China fábrica, sim, produtos eletrônicos de qualidade.
E não só isso, com qualidade, tecnologia de ponta e um ótimo custo-benefício, o que é um fator mais que relevante nos últimos tempos, já que dinheiro não é uma coisa que tem sobrando no bolso dos brasileiros ultimamente.
Eletrônicos chineses: valem a pena?
Sem dúvida alguma vale muito a pena consumir do mercado de eletrônicos da China. Como dito, os produtos tem tecnologia de ponta, valor acessível e aparelhos para todos os tipos de bolso, sem inferiorizar o produto só porque ele tem um preço mais baixo.
Tanto vale que atualmente a Xiaomi é a terceira maior distribuidora de smartphones do mundo. A Huawei está em segundo, ultrapassando a famosa Apple.
Outra que também entrou na "dança" foi a Vivo com o seu Nex. A linha chegou ao mercado inovando ao trazer um tipo de câmera retrátil, que acaba economizando espaço e permite que o celular tenha uma tela muito maior que o comum. O que acaba melhorando a experiência de quem assiste filmes/séries ou joga no telefone móvel.
Com esse lançamento provavelmente a Vivo está aumentando ainda mais o "hype" em torno do mercado de eletrônicos chinês.
Além de fazer com que a concorrência corra atrás do prejuízo, como é o caso da Samsung, por exemplo. De origem coreana, a marca já há muito consagrada no Brasil está enfrentando grandes dificuldades no país devido as empresas chinesas.
Isso porque, como a maioria das marcas, ela traz telefones intermediários com preços altíssimos, mas com funcionalidades que deixam a desejar, o que não acontece com as companhias da China.
Com isso, a coreana tem lutado para trazer novidades e melhorias aos aparelhos intermediários, para atrair mais clientes dispostos a pagar o valor estabelecido.
Superando barreiras
E mesmo sem fábrica em terras brasileiras – no caso da Xiaomi que fechou a fábrica no Brasil há 5 anos – o mercado de eletrônicos chinês não se deixou abalar com isso e consegue chegar às mãos dos brasileiros por outros meios: e-commerce.
Enquanto esta ainda não volta a terras brasileiras e com uma única loja física por aqui e a Positivo sendo a empresa responsável por vender os aparelhos da Huawei, ainda é difícil encontrar esses telefones em locais presenciais, mas isso de nada impede o mercado de eletrônicos da China avançar por aqui.
Sem pontos físicos, o jeito dessas marcas entrarem no Brasil foi por meio do e-commerce. E é possível achá-los tanto em filiais brasileiras, como na Amazon, por exemplo. Tanto quanto em e-commerces chineses que entregam no país, como o Alibaba, Aliexpress e Wish.
Sabemos que no momento não é a melhor época para realizar compras internacionais com o dólar batendo os R$4,50. Mas nessas lojas onlines é possível achar um bom aparelho por volta de R$1500 a 2 mil reais, por exemplo.
Olhando de cara, parece uma quantia meio salgada, mas é preciso analisar de todos os ângulos.
O valor gasto seria o mesmo no Brasil para comprar aparelhos de outras marcas e com um nível intermediário, no máximo. Além do mais, comprando eletrônicos chineses adquire-se um produto de qualidade e com um sistema que acompanha as atualizações do mercado.
Enquanto aqui, seria preciso gastar pelo menos R$500 ou R$1000 a mais para conseguir um aparelho de ponta.
Mais um vez voltamos ao fator do custo-benefício. Prefere pagar isso em um celular intermediário ou pegar um eletrônico chinês e ter um aparelho do nível de um Motorola Plus, por exemplo? A resposta é óbvia.
É ótimo que finalmente os brasileiros tenham entendido que não só marcas vindas do ocidente – tirando a Samsung – tem qualidade.
Os chineses também merecem respeito neste mercado, coisa que eles têm conseguido conquistar nos últimos anos.
Mesmo porque, quem é que não quer um eletrônico de ponta, com um valor que caiba no bolso, com folga? Afinal, nem todo mundo tem 5 mil reais para pagar num produto da Apple que estará defasado daqui uma ano e meio, ou menos.