O Rio Santos Bossa Fest 2020 está chegando! Apesar de todas as dificuldades, vamos entregar para a cidade de Santos, um festival com várias atrações no Teatro do SESC, Pinacoteca Benedicto Calixto e Concha Acústica.
Apresentando shows musicais, exposições de fotos, exibição de filmes e workshops.
O Festival acontecerá entre os dias de 17 e 26 de janeiro, com 10 dias de duração e vamos comemorar em grande estilo os joviais 62 anos da Bossa Nova (1958-2020).
Fazemos isso, para que as gerações futuras possam ter acesso a Bossa Nova, tão importante para o Brasil e referência em todo o mundo.
A abertura oficial do festival vai acontecer no dia 17 de janeiro, sexta, 20 horas na Pinacoteca Benedicto Calixto, com a apresentação da jovem e talentosa cantora Julia Ferreira ao lado do guitarrista Oscar Gonzalez.
Vamos também comemorar pelo sétimo ano consecutivo o Dia Nacional e Municipal da Bossa Nova em 25/1/20 e o 93º. aniversário de Tom Jobim, nosso Maestro Soberano, com o show especial no Teatro do Sesc de Celso Fonseca (voz e violão) e na sequência Amilton Godoy Trio, irá apresentar uma homenagem ao Zimbo Trio.
Destaque também para as atrações locais: Eu, Tu & Ela e Convidados, com Letícia Caires (voz) & Gabriel Salgueiro (violão, baixo e back vocal), Bruno Conde (violão) & Cris Maisatto (voz), todas na Pinacoteca e o “Samba na Bossa”, show especial na Concha Acústica no Canal 3, contando com a presença de Luizinho Mastellari (vocalista do Grupo Feitiço) & convidados.
Agradecimentos especiais pelo apoio do Sesc Santos e da Prefeitura de Santos, através da Secult, Fundação Benedicto Calixto, Jornal da Orla, Sistema Santa Cecilia de Comunicação, Rádio Santa Cecilia FM e Elemidia.
E também aos Vereadores Rui de Rosis e Braz Antunes Mattos Neto, que destinaram emendas parlamentares ao festival.
A realização é da Digital Jazz – www.digitaljazz.com.br
A Bossa Nova trazendo boas vibrações para o planeta no início de 2020! Viva a música!
Celso Fonseca – “Like Nice”
O cantor, guitarrista, violonista, produtor e compositor carioca Celso Fonseca lançou, no final de 2015, este belíssimo CD pelo selo Universal Music
A sonoridade das faixas é surpreendente e reforça que a Bossa Nova continua sendo composta e produzida com absoluta inspiração e encantamento nos dias de hoje. Mais uma prova contundente de que a Bossa não é coisa do passado e sim do presente.
E Celso Fonseca já havia feito isso anos atrás, no ano de 2001, quando lançou “Juventude/ Slow Motion Bossa Nova”, outro CD clássico da Bossa contemporânea. “Like Nice” é um trabalho impecável, de extremo bom gosto que traz 13 faixas autorais, sendo 8 como autor único, 4 em parceria com seu grande amigo de longa data, Ronaldo Bastos, e uma versão internacional.
Ele dá um verdadeiro show de interpretação com seu violão, com uma batida forte e envolvente, num diálogo “bossanovista” de emocionar.
Merecem destaque os belíssimos arranjos de cordas que contaram com a regência Eduardo Souto Neto e também os arranjos de metais que contaram com a regência de Jessé Sadoc, presentes em todas as faixas, além das participações especiais de Marcos Valle no piano elétrico Rhodes e Rildo Hora na harmônica. E, mais, Jorge Helder no contrabaixo, Jorjão Barreto no piano e piano elétrico Rhodes, Robertinho Silva e Junior Moraes na percussão e Flavio Santos na bateria.
Não deixe de ouvir a bonita versão do clássico “Stormy” e mais “O Que Vai Sobrar”, “Porque Era Você”, “I Could Have Danced”, “Canção Que Vem”, “Céu”, “Zum Zum”, a faixa título “Like Nice” e, a minha preferida, a instrumental “Rio 56”, que é uma verdadeira viagem. Magnífica composição.
Fica uma dica: escute o CD para relaxar, namorar, sonhar e viver. A Bossa Nova e sua poesia vão ser companhias muito especiais e inspiradoras. Um disco que merece ser ouvido com muita calma e atenção.
Zimbo Trio – “1964 – 2013”
Amilton Godoy (piano), Luiz Chaves (contrabaixo) e Rubinho Barsotti (bateria) fizeram parte da formação original do Zimbo Trio, formado em 1964 em São Paulo, e que se tornou uma das maiores instituições da nossa música.
Digno representante paulistano do samba jazz, surgido na fase áurea da Bossa Nova e que conseguiu unir a MPB ao Jazz, esteve ativo até o ano de 2013.
Foram 49 anos de uma história rica e com excelentes serviços prestados à boa música, mais de 50 discos lançados, reconhecimento mundial, excursões de sucesso por diversos países dos cinco continentes, levando sempre na bagagem a música instrumental brasileira.
Por uma questão jurídica, agora se chama Amilton Godoy Trio, liderado pelo pianista, único remanescente da formação original.
O Zimbo Trio, na sua trajetória, se caracterizou por apresentar uma sonoridade diferente, qualificada e de vanguarda, traduzidas nos seus arranjos sempre surpreendentes.
Recentemente, o selo Discobertas, dirigido pelo pesquisador Marcelo Fróes, lançou um box sensacional com os 6 primeiros discos gravados do Zimbo Trio, editados na época pela gravadora RGE, no período de 1964 e 1969.
Mais que um documento, um projeto que resgata um dos períodos mais importantes da história do grupo e da nossa música.
Fora dos palcos, o Zimbo Trio realizou uma dos maiores legados de sua vitoriosa carreira, quando, em 1973, fundou em São Paulo o Centro Livre de Aprendizagem Musical – CLAM, que foi e é, ainda hoje, responsável pela formação musical de diversas gerações de músicos. Atualmente é dirigida pelo pianista Amilton Godoy. E, para encerrar, uma curiosidade: o termo Zimbo significa boa sorte, felicidade e sucesso. Ingredientes fundamentais que o Zimbo Trio conseguiu ter em sua bela trajetória musical. Com merecimento e muito talento. Nossa eterna reverência!