Jesus é o inspirador de várias religiões cristãs, também está presente em outras, mas é irrelevante em algumas:
BUDISMO
O seu fundador foi Siddhartha Guatama. Ele nasceu à realeza na Índia mais ou menos 600 anos antes de Cristo. Buda nunca se considerou um deus ou um ser divino de qualquer forma. Ao contrário, ele se considerava uma pessoa que “mostrava o caminho” para outras pessoas. No entanto, há muito em comum entre Buda e Jesus. Nenhum dos dois deixou nada escrito e formaram seus discípulos através de sentenças e parábolas emblemáticas. Também não fundaram religiões. Propuseram uma via espiritual centrada no amor, na compaixão e na justiça, capaz de nos conduzir ao que todo ser humano mais almeja: a felicidade.
HINDUISMO
Sua origem é muito anterior a Jesus, pelo menos 1.500 anos antes de Cristo. Os seguidores do hinduísmo acreditam em vários deuses e na reencarnação. Pela doutrina, os seres humanos morrem e renascem várias vezes. Ao longo destas muitas vidas, eles têm a oportunidade de evoluir, até chegar a um estágio em que se unem a Brahman, a realidade suprema. Há várias formas de acelerar esse processo: praticar ioga, rezar ou recitar mantras, ajudar os necessitados, visitar os lugares sagrados, adotar dietas vegetarianas e abrir mão dos bens e prazeres materiais.
Polêmica- No livro “Cristo era hindu”, escrito em 1946, o seu autor, Ganesh Savarkar sustenta que o verdadeiro nome de Cristo foi “Keshao Krishna” e o Tamil era sua língua materna. Diz ainda, entre outras coisas, que os batismos eram a reprodução de uma tradição muito comum dos hinduístas, a purificação nas águas do Rio Ganges. A obra ainda destaca que Cristo foi resgatado da cruz, reaminado com plantas medicinais e ervas do Himalaia e viveu seus últimos dias, muito tempo depois, na Caxemira.
MATRIZES AFRICANAS
Doutrinas como Umbanda e Candomblé também são muito mais antigas que o Cristianismo. No entanto, ao serem praticadas pelos negros sequestrados da África e escravizados no Brasil, ocorreu o chamado sincretismo religioso: entidades sagradas destas crenças foram associadas a entidades católicas: Iemanjá com Nossa Senhora, Ogum com São Jorge, Xangô com São Pedro, Oxalá com Jesus. Nos terreiros e centros de umbanda, a figura de Oxalá tem posição de honra, em local elevado e destacada com iluminação. Mas Oxalá não é Jesus. Para os fieis, Jesus foi um enviado. Nasceu, viveu e morreu entre os homens, enquanto Oxalá existe desde a formação do mundo. A palavra Oxalá deriva de “’in sha’ allah”, expressão árabe que significa “se Deus quiser”.
ISLAMISMO
Para os muçulmanos, Jesus foi mais um dos mensageiros enviados por Alá (Deus) para orientar seu povo. Mas o maior de todos os profetas é Maomé. Discordam da ideia de que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus. Segundo o Alcorão, o livro sagrado do Islamismo, “nada se assemelha a Ele, e é o Oniouvinte, o Onividente”. Também não creem no conceito de Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo), mas sim na unicidade de Deus, o criador de tudo e de todos. Figuras como Adão, Noé, Abraão, Moisés, Jesus e Maria estão presentes nos livros sagrados das duas religiões, a Bíblia e o Alcorão, mas com relatos diferentes. Outra diferença é que a Bíblia é traduzida em vários idiomas, enquanto o Alcorão só pode ser lido em árabe.
JUDAISMO
O judeus não veem Jesus como uma figura sagrada. Para muitos deles, não só é mais um dos falsos messias, como o mais prejudicial de todos, por ter sido o mais influente. Destacam uma série de razões, como o não preenchimento de profecias messiânicas. Além disso, para eles, os versículos bíblicos com referências a Jesus seriam traduções incorretas. O Torah, o livro sagrado do Judaísmo, reúne os cinco primeiros livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio) e, portanto, são comuns às duas religiões. Já a Bíblia cristã inclui mais 19 livros, o Novo Testamento.
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