Meus amigos, acompanhamos nos últimos dias uma verdadeira várzea na política do Brasil. Muitos podem achar que isso não é novidade ou que sempre foi assim. Mas o que assistimos nos últimos tempos é de arrepiar e envergonhar.
Refiro-me, especialmente, ao impressionante racha no PSL, justamente o partido do presidente da República. É deputado ameaçando o presidente, que chegou a ser chamado de vagabundo pelo então líder da bancada na Câmara, é parlamentar gravando reunião secreta, além de listas correndo pra lá e pra cá, por conta da disputa pela liderança do PSL.
No meio desse tiroteio, o presidente Jair Bolsonaro, retirou a deputada paulista Joice Hasselman da liderança do governo, sem comunicá-la. E Joice, assim como já havia acontecido com Alexandre Frota, saiu atirando contra os filhos do presidente e seus perfis falsos nas redes sociais.
Na verdade, o que mais impressiona é que após dez meses no poder, este governo se destaca muito mais pelas confusões geradas por Bolsonaro e seus filhinhos trapalhões, do que por um planejamento confiável para mudar a situação do país que, de fato, não se alterou em relação ao ano passado.
Seguimos com a economia estagnada, com cerca de 12 milhões de desempregados, outros tantos desalentados e uma legião de pessoas que simplesmente desistiram de voltar a ativa. O que devia ser prioridade para o presidente, ou seja, a recuperação econômica do país, parece estar sempre em segundo plano. Enquanto que atender aos desejos nem sempre republicanos dos chamados 01, 02 e 03 vem sempre na frente.
Por outro lado, nem tudo está perdido. Afinal, rapidamente nos aproximamos de 2020, que como todos sabem, será ano de eleições municipais. É importante que as pessoas reflitam em cima de tudo que foi falado e prometido em 2018 e que não se concretizou em 2019. E pior, tem poucas chances de se realizar no ano que vem.
É fundamental que o eleitor perceba a diferença entre quem tem um programa de governo e um projeto consistente para a cidade, de quem fica por aí pregando bravatas e falsas promesssas, sem ter o menor conhecimenmto da máquina pública, nem do orçamento municipal e muito menos das reais necessidades da população.
É sempre saudável reconhecer os erros e aprender com eles, especialmente quando se trata do voto, já que muitas vezes troca-se a razão pela emoção, que quase sempre leva ao arrependimento e ao desencanto.