Meus amigos, circulei recentemente pelo Centro de Santos. Pode parecer algo comum para muita gente, mas para mim que concentro as atividades profissionais entre o Boqueirão e o Gonzaga foi uma experiência interessante.
Era um sábado, pela manhã, comércio funcionando normalmente, embora com movimento abaixo do que eu imaginava. Mesmo assim, fiquei impressionado com o número de lojas de departamentos, roupas, eletrodomésticos, enfim, com o velho Centro em atividade e oferecendo aos clientes uma boa variação de produtos, além de preços convidativos.
Mesmo longe de lembrar o Centro dos velhos tempos, quando além de comerciantes, estavam ali estabelecidos consultórios médicos e odontológicos, escritórios de advocacia e de empresas portuárias, além de uma série de outras atividades, fiquei com a sensação de que é possivel uma retomada mais forte e rápida. Impressão essa que cresceu quando conversei com lideranças empresariais que ainda se mantêm ativos naquela área e agora estão mais esperançosos nessa recuperação, já que a Prefeitura lançou há pouco tempo, um pacote de incentivos fiscais a quem se estabelecer ou investir comercialmente nessa tradicional região da cidade.
Serão dadas isenções a determinados empreendedores que eventualmente terão maior capacidade de investimento para desenvolver seus negócios, gerando mais empregos e renda. Claro que só isso não é suficiente. É precido que as pessoas voltem a habitar o Centro de Santos. E também bairros como Vila Nova e Paquetá. Só com novos moradores ocorrerá uma recuperação verdadeira.
Mas para isso, é preciso, por exemplo, rever os tombamentos e suas áreas de proteção que em nada colaboram para incentivar aos empresários da construção civil a investir em moradias para população de menor poder aquisitivo, aproveitando a infraestrutura já existente. Esse é mais um problema a ser enfrentado. Um processo que pode ser longo, mas extremamente necessário.
Foto: Ronaldo Andrade/PMS