Suar em excesso, mesmo em dias frios ou em repouso, é uma doença denominada hiperidrose. Apesar de ser benigna, isto é, não provoca males à saúde, pode causar constrangimentos sociais. A dermatologista Paola Pomerantzeff, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que os principais locais do corpo afetados pela condição são as mãos, couro cabeludo, axilas e pés. Ela explica que a causa é o hiperfuncionamento das glândulas sudoríparas — trabalham mais do que o necessário.
Tratamento
Para casos leves, ela recomenda antitranspirantes à base de cloreto de alumínio e o uso de roupas de algodão, pois este tipo de tecido permite que a pele respire adequadamente. Em casos mais graves, quando a doença incomoda a ponto de interferir na qualidade de vida do paciente, pode-se recorrer à aplicação de toxina botulínica, que bloqueia perifericamente a secreção das glândulas sudoríparas na região onde é aplicada, como testa, couro cabeludo, axilas, mãos e pés. “Sua duração varia de oito a dez meses”, destaca.
Outra alternativa é a simpatectomia, cirurgia torácica em que a inervação simpática é interrompida. Porém, essa cirurgia é cada vez menos realizada pois apresenta risco de complicações, como o risco de hiperidrose compensatória, onde outro local passa a apresentar hiperidrose após a cirurgia. Por exemplo, se a hiperidrose era axilar, ela passa a ocorrer nas mãos ou no abdômen”.