O Rio Santos Jazz Fest 2019 vem aí! Apesar de todas as dificuldades, vamos entregar para a cidade de Santos um Festival com 12 grandes atrações, totalmente gratuitas, com shows, workshops, cortejos, exibição de filmes e exposição de fotos.
O Festival acontecerá de 22 de abril a 01 de maio em 4 locais: SESC Santos, Pinacoteca Benedicto Calixto, Aliança Francesa de Santos e Colégio Liceu São Paulo.
É bom lembrar também da importância da Lei Municipal no. 2.973 de 14/03/2014, que incluiu no Calendário Oficial do Município de Santos, a "Semana do Jazz”, inciativa nobre do meu prezado amigo e ex-Vereador Douglas Gonçalves, que atendeu prontamente a nossa solicitação para a elaboração da referida lei.
Fazemos isso, para que as gerações futuras possam ter acesso ao Jazz, tão importante para o Brasil, para o mundo e par cada um de nós.
Outro ponto importantíssimo, é que o evento tem a chancela oficial da UNESCO para o “International Jazz Day”, que ocorre anualmente em 30 de abril.
A cidade de Santos, com muita honra, faz parte deste roteiro mundial de celebrações e vamos comemorar pelo sexto ano consecutivo, o Dia Internacional e Municipal do Jazz.
As atrações: Taryn Szpilman & Trio, Cris Delanno & Nelson Faria, Ricardo Baldacci Trio, Giu Nogueira & Bina Coquet Trio, Rio Santos Street Band, By Night Trio, Sebastian Rot, Carla Mariani Quartet, Aton Quintet, Conjunto Vocal SP 101 e Mario Tirolli Trio.
O link social do Festival será materializado com a participação do Conjunto de Violões Projeto Esculpir, formado por crianças que vivem em situação de risco na área do Mercado Municipal.
Agradecimentos especiais pela coprodução do SESC e os apoios da Prefeitura de Santos, através da Secult, Pinacoteca Benedicto Calixto, Aliança Francesa de Santos e Liceu São Paulo.
Acesse o site www.riosantosjazzfest.com.br e as páginas oficiais do festival no Facebook e Instagram, onde poderão ser encontradas todas as informações sobre o evento.
Publicamente venho agradecer ao apoio da Emenda Parlamentar proposta pelo Vereador Rui de Rosis e também pelo auxílio do Secretário de Cultura Rafael Leal, que foram fundamentais para que o festival pudesse se materializar.
O Jazz trazendo boas vibrações para a cidade de Santos!
Toquinho & Vinicius – “O Poeta e o Violão”
Imagine você estar presente num estúdio ao lado dos gênios Toquinho e seu grande parceiro Vinicius de Moraes, para conferir uma sessão de gravação de estúdio, onde a descontração, amizade e o improviso são as marcas deste encontro.
Foi desta forma que há mais de 40 anos a dupla gravou em Milão, Itália, de forma intimista e bem à vontade o disco, que foi lançado originalmente pela gravadora RGE no ano de 1975.
Fizeram e verbalizaram várias homenagens nas gravações feitas numa única sessão que teve a duração de apenas 4 horas: João Gilberto, Tom Jobim, Dorival Caymmi, Chico Buarque, Carlos Lyra e Baden Powell foram alguns dos citados.
Merece destaque também as participações muito especiais nas gravações dos maestros Luis Bacalov e Sergio Bardotti.
A parceria de Toquinho e Vinicius teve início em 1969 e durou aproximadamente 10 anos e várias canções importantes da nossa MPB forma compostas pela dupla como “Tarde em Itapoã”, “Como Dizia o Poeta”, “Testamento”, “A Tonga da Mironga do Kabuletê”, “Regra Três”, “Para Viver Um Grande Amor”, “Cotidiano no. 2”, “Morena Flor” entre outras maravilhas. No total, mais de 100 canções em parceria, 25 discos e mais de 1.000 shows.
No disco foram gravadas 14 canções e uma surpresa, o tema “Nature Boy”, que era uma das canções preferidas de Vinicius de Moraes e que estava diariamente no “set list” do show que ele fez ao lado de Toquinho e Maria Bethânia no ano de 1971 na Argentina.
Não deixe de ouvir, também, “Tristeza”, “Chega de Saudade”, “Insensatez”, “Garota de Ipanema”, “Berimbau/Consolação,” numa versão de arrepiar, “Dora” e “Januária”.
Simples assim, “O Poeta e o Violão” é o mais fiel registro de uma linda e eterna amizade de dois gigantes de nossa MPB, que são Toquinho e Vinicius de Moares. Qualidade extrema do repertório escolhido e uma interpretação marcante e envolvente.
Stacey Kent – “Tenderly”
Este CD nasceu inspirado na sonoridade da gravação “Cry Me A River” da cantora Julie London e do guitarrista Barney Kessel, ocorrida no ano de 1955.
Lançado apenas nos Estados Unidos e Europa em 2017, pelo selo Sony Music, o disco reuniu a talentosa e simpática cantora Stacey Kent, o guitarrista Roberto Menescal, seu marido saxofonista e flautista Jim Tomlinson, dono de uma sonoridade absurda e o contrabaixista Jeremy Brown. No Brasil, foi lançado no mês de março.
O belíssimo encarte do disco traz a citação em português do eterno poetinha Vinicius de Moraes, “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”. Frase que ilustra muito bem o que significa este trabalho realizado para ambos.
Roberto Menescal e Stacey Kent se admiravam musicalmente muito antes de se conhecerem pessoalmente.
O encontro frente a frente de ambos se deu apenas no ano de 2011, quando se esbarraram sem querer no “backstage” do show de comemoração dos 80 anos do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, onde ela se apresentou ao lado de Marcos Valle.
Não preciso nem dizer que este rápido e especial encontro foi decisivo para uma aproximação imediata entre os dois, que rendeu este lindo trabalho, intimista e repleto de inspiração. Até isso acontecer de fato, foram alguns anos trocando e-mails, muitas ligações e conversas pelo telefone, encontros intimistas aqui no Brasil e no exterior, até que finalmente conseguiram realizar o sonho recíproco de gravarem juntos no ano passado na Inglaterra.
A pegada jazzística da voz suave e incrível de Stacey se incorporou magicamente com o timbre e a levada “bossanovista” da guitarra de Menescal. Sonoridade simplesmente perfeita.
Seleciono os temas “Only Trust Your Heart”, “The very Thought Of You”, “There Will Never Be Another You”, “That's All”, “If I Had You”, “Agarradinhos” e a minhas preferidas “Tangerine” e também a faixa título “Tenderly”, que homenageou o genial cantor e pianist Dick Farney.
Obrigado Menesca e Stacey por nos presentearem com este disco sublime e encantador da primeira à última faixa. Só mesmo a música pode proporcionar estes raros e incríveis encontros. O Jazz e a Bossa Nova unidos para sempre!