TV em Transe

“Lady Night”: a Globo acordou

07/02/2019
“Lady Night”: a Globo acordou | Jornal da Orla

Se uma empresa de comunicação tem canais por assinatura e também uma rede de sinal aberto, porque não usar bons programas que surgem nas emissoras a cabo para melhorar a programação daquela que é o “carro-chefe” da empresa?

 

Pois a Globo parece definitivamente ter acordado pra isso. Primeiro, o remake da “Escolinha do Professor Raimundo” passou do Viva para a tevê aberta – mas nesse caso já era previsto. 

 

Agora, é a vez do “Lady Night”. Sucesso no Multishow, o programa comandado por Tatá Werneck ocupa agora a noite de quinta-feira na grade da Globo, após o “Big Brother Brasil”.

 

Desde a primeira temporada, o divertido talk show já dava mostras de que tinha potencial para voos maiores. Demorou, mas alguém lá dentro enxergou o potencial da atração. 

 

A Globo decidiu então fazer uma seleção das melhores entrevistas feitas por Tatá, como foi o caso de Cauã Reymond na estreia (17 de janeiro).

 

Até o momento o resultado tem sido satisfatório, com 16 pontos de média e a liderança num horário em que a Globo, vira e mexe, perde para “A Praça É Nossa”, do SBT. 

 

Resultado: o “Lady Night” já está garantido na programação global também em 2010. Como este ano também haverá uma nova temporada no Multishow, provavelmente também será na base dos “melhores momentos”. Mas acho que poderiam considerar a ideia de, ao invés de utilizar um material já exibido, gravar entrevistas inéditas. Certamente o impacto seria maior, inclusive em termos de audiência. 

 

Crise em família – Enquanto isso, as coisas na Band vão de mal a pior. Segundo o site Brazil Journal, a empresa tem dívidas que chegam a R$ 1,2 bilhão. Não bastasse isso, os cinco herdeiros do fundador da rede, João Jorge Saad, brigam na Justiça pelo controle do conglomerado de comunicação.

 

Nesta segunda (dia 4) a 2ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem do Tribunal de Justiça de São Paulo negou a interdição de João Carlos Saad do cargo de presidente do Grupo Bandeirantes. O processo é movido por suas irmãs, Márcia de Barros Saad e Maria Leonor Saad.

 

João é criticado por sua gestão, que seria a responsável por deixar a Band nessa péssima condição financeira. Por isso, estão dispostas a fazer o possível para retirar o irmão da presidência do grupo.

 

Foto: Divulgação/Multishow