A 5ª edição do Mirada – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas está na reta final. Com teatro, dança e atividades formativas na agenda, a programação, que este ano abrange toda Baixada Santista, também ocorre nos teatros Braz Cubas, Guarany e Coliseu, além de levar atividades ao Centro de Atividades Integradas (Cais) Milton Teixeira. Os ingressos custam entre R$ 15 e R$ 50.
Confira a programação do 5ª Mirada para esta semana
Teatro Municipal Braz Cubas (2º piso do Centro de Cultura Patrícia Galvão, Av. Senador Pinheiro Machado, 48, Vila Mathias)
La Ciudad de Los Otros/A Cidade dos Outros (Colômbia)
Sessão: terça-feira (11), às 22h
Criada no contexto da celebração dos 159 anos da abolição da escravidão na Colômbia, a obra do coreógrafo Rafael Palacios faz referência à falta de equidade social, especialmente no que diz respeito à população negra. Mais de dez artistas, entre bailarinos e músicos, se alternam em solos e movimentos de grupo para dar a ver diferentes dinâmicas sociais, desejando formas mais autênticas de convivência.
Estado Vegetal
Sessão: sexta (14) e sábado (15), às 22h
Sozinha em cena, a atriz Marcela Salinas faz vários personagens para apresentar a história de um acidente entre um motociclista e uma árvore a partir de diferentes ângulos. Imaginando o ponto de vista da árvore e do complexo vegetal do qual ela faz parte, a peça convida a pensar sobre a inteligência das plantas, seus modos de pensar e agir no mundo, apontando um questionamento sobre a natureza do estado vegetativo nos seres humanos.
Teatro Coliseu (Rua Amador Bueno, 237, Centro Histórico)
A Vida
Sessão: terça-feira (11), às 21h
O elenco da AntiKatártiKa Teatral e o diretor Nelson Baskerville criaram diversas cenas autobiográficas, das quais 9 são sorteadas e encenadas a cada apresentação. Com isso, a peça oferece uma dramaturgia inédita a cada noite, com centenas de combinações possíveis. Partindo do relato individual para o imaginário coletivo, A Vida discute temas como a morte, o abuso, a infância e as relações familiares.
La Miel És Más Dulce que El Sangue (Colômbia)
Sessões: sexta-feira (14) e sábado (15), 21h
O diretor Tino Fernández e a dramaturga Juliana Reyes reúnem a música e a dança flamenca, o universo criativo e a história de vida de Federico García Lorca, bem como o surrealismo de Salvador Dalí neste espetáculo de dança que leva o nome de um quadro do pintor espanhol. A plasticidade dos corpos e a visualidade da cena remetem ao imaginário de Dalí trazendo à tona questões da vida e da obra de Lorca.
Cais Milton Teixeira (Av. Rangel Pestana, 150, Vila Mathias)
Preto
Sessão: terça-feira (11), às 19h
O espetáculo propõe atravessamentos diversos a partir do pensamento sobre o preto e o racismo na sociedade. Articulando lógicas de convivência e atenção às diferenças, o espetáculo, uma coprodução entre Brasil e Alemanha, volta-se para as subjetividades e peculiaridades individuais, uma maneira de dar mais ênfase às particularidades de cada um.
Súper Tejido Limbo (Colômbia)
Sessões: quinta (13) e sexta-feira (14), às 18h
Os bailarinos apresentam um jogo de opostos, colocando em convivência danças tradicionais e contemporâneas que ultrapassam as fronteiras geográficas da cultura colombiana. Assim, a cumbia, ritmo popular da Colômbia, convive com a técnica japonesa do Butoh e a dança hindu. A música e a iluminação contribuem para criar uma atmosfera de concentração, emoldurando a precisão dos bailarinos.
Teatro Guarany (Praça dos Andradas, 100, Centro Histórico)
Cine Splendid (Paraguai)
Sessões: quarta (12) e quinta-feira (13), 21h
Em 1961, uma mãe aguarda seu filho para jantar, perto do cinema, numa rua de Assunção. Apesar de ter a ditadura paraguaia como pano de fundo, este espetáculo reflete as ditaduras latino-americanas do século 20, com uma narrativa que poderia se passar nos dias de hoje. O texto retrata como governos autoritários camuflam o terror com ares de aparente tranquilidade.
Euria (Chuva)
Sessões: Sábado (15), às 15h e 17h
Um guarda-chuva quebrado rememora uma tempestade que passou e deixou o personagem mergulhado na tristeza pela morte de uma pessoa especial. Um dia, este personagem encontra outro guarda-chuva quebrado e decide consertá-lo. O espetáculo usa recursos da pantomima, dança e projeções para criar um caminho lúdico, dentro do universo infantil, de superação em momentos difíceis. Espetáculo para crianças. Audiodescrição disponível na sessão das 17h.