O estado do Pará, uma das portas de entrada da Amazônia, é o mais populoso do Norte do país e, apesar de suas enormes dimensões, convive em harmonia com o gigantismo e onipotência da floresta que o cerca. O Pará tem mais da metade de seu território de áreas protegidas, distribuídas em 64 unidades de conservação pública e 43 terras indígenas demarcadas.
O estado possui diversos parques ecológicos que são verdadeiros pedaços da Amazônia em áreas urbanas, como Mangal das Garças, Parque do Utinga, Bosque Jardim Botânico, Parque Zoobotânico de Carajás, entre outros refúgios naturais que representam uma síntese da maior floresta tropical do mundo. De agosto a novembro é a melhor época para visitar, quando as praias estão à vista e toda a beleza da Amazônia aparece para os admiradores da natureza.
Belém, a capital
Encravada no meio da floresta amazônica, a capital paraense é uma das cidades mais exóticas do país. Fundada pelos portugueses na foz do rio Amazonas, Belém, em seus quase 400 anos de história, teve sua arquitetura fortemente influenciada pela cultura europeia. Atualmente, apesar de cosmopolita e moderna em vários aspectos, a cidade não perdeu o ar tradicional das fachadas dos casarões, dos palacetes e das igrejas do período colonial. Alguns pontos de visitação obrigatória:
Mercado do Ver-o-Peso – Inaugurado na primeira metade do século 17, é um dos mais antigos do país e a maior feira a céu aberto da América Latina. O mercado é dividido por especialidades: tem o setor de carnes, de ervas amazônicas, frutas e verduras típicas, artesanato e as benzedeiras com seus pozinhos, loções e óleos que prometem verdadeiras mágicas. Para lá confluem os ingredientes da Amazônia (jambu, mandioca brava, castanha-do-pará, pirarucu, surubim, tambaqui, açaí, bacuri….) e nos finais de semana o carimbó e o brega rolam solto.
Estação das Docas – É um complexo turístico moderno construído nos galpões de ferro restaurados do antigo porto, à beira da baía do Guajará. São 32 mil m² divididos em três armazéns, que reúnem teatro, centro de exposições, artesanato, restaurantes, passeios de barco pela orla e um terminal de passageiros. A ‘Puerto Madero’ do Pará.
Teatro da Paz – Fundado em 1878, durante o período áureo do Ciclo da Borracha, seu projeto arquitetônico é inspirado no Teatro Scalla de Milão, Itália. Todos os anos o teatro recebe o Festival de Ópera nos meses de agosto e setembro.
Ilha do Combu – A cerca de 10 minutos de barco da capital Belém, a ilha do Combu surpreende pela rica natureza. O visitante pode tomar banho de rio, caminhar pelas diversas trilhas entre as árvores centenárias da região, passear de barco enquanto observa as comunidades ribeirinhas e almoçar e um dos diversos restaurantes a beira do rio, que servem comidas típicas do Pará.
Ilha do Marajó
No maior arquipélago fluvio-marítimo do planeta, a ilha está localizada no encontro dos rios Amazonas e Tapajós com o Oceano Atlântico. É um dos mais importantes destinos turísticos do Pará, com diversas praias de água doce, rica história, o maior rebanho de búfalos do país e a excêntrica culinária marajoara.[
Alter do Chão
Em Santarém, o distrito de Alter do Chão – com suas praias de águas mornas, doces e verde-esmeralda – impressiona tanto, que passou a ser chamado de “Caribe Amazônico”. Um cenário paradisíaco e desafiador onde a natureza é imperativa. A época para visitar é de agosto a dezembro, quando acontece o verão amazônico e a vazão do Tapajós, que deixa bancos de areia e praias visíveis.