Os quatro candidatos a presidente da República melhor colocados nas pesquisas foram sabatinados no “Jornal Nacional” da Globo. Não sei se as entrevistas serviram para eleitores definirem o voto, mas certamente passamos a conhecer mais intimamente a dupla de âncoras William Bonner e Renata Vasconcelos!
Impressionante como os dois falaram pelos cotovelos. Tudo bem que entrevistar político não é tarefa fácil, se bobear eles tomam conta da conversa e enrolam o quanto puderem, sem responderem a nada. Por outro lado, não dá para cortar um entrevistado a todo instante não permitindo que ele finalize mais de três frases seguidas.
Bem, quando disse que conhecemos melhor a dupla de apresentadores do “JN”, não exagerei. Até detalhes íntimos surgiram, como o divórcio de William Bonner e uma discussão acerca do salário de Renata Vasconcelos – ambas durante o papo com Jair Bolsonaro, que teve vários momentos tensos.
Dos sabatinados, Ciro Gomes foi o que sofreu mais com as interrupções. Com ele, Bonner e Renata ocuparam 40% da conversa! Simplesmente não deixavam o candidato concluir um raciocínio sequer.
Ciro foi o primeiro, e talvez por causa das críticas que receberam nas redes sociais, Bonner e Renata foram (um pouco) mais tolerantes nas conversas com Bolsonaro, Geraldo Alckmin e Marina Silva. Mesmo assim, ainda passaram do ponto.
Dá tempo
Mudando de assunto, a Igreja Universal do Reino de Deus resolveu reduzir o tempo que ocupa na telinha. A diminuição de 30 a 40% da verba destinada à compra de horários em várias emissoras representa um corte de cerca de R$ 120 milhões no total antes previsto para ser investido em 2018.
A parceria da Universal com a TV Gazeta, por exemplo, já foi encerrada. E pode ser que aconteça o mesmo com a Band e a Rede TV!.
O telespectador não perde nada com isso – pelo contrário. Em contrapartida, essa terceirização de horários é vista com bons olhos pelas redes, pois trata-se de uma forma de engordar o caixa e tentar equilibrar as contas. Sem essa grana, a situação se complica ainda mais.