O Peixe vinha de três empates no reinício do Brasileirão pós–Copa. Horrível. Aproveitamento de rebaixado. Pois não é que piorou? Perdeu dois jogos em casa. Um pelo próprio Brasileiro, no domingo, para o América-MG, e outro, para o Cruzeiro, na quarta-feira, este pela Copa do Brasil.
Entre as duas derrotas, uma boa notícia: a contratação do treinador Cuca, sem nenhuma dúvida o melhor nome entre todos os que foram apontados como alternativas.
No plano político, a mesma questão do provérbio inglês se apresenta para o conselheiro do Santos. Ruim com o presidente Peres, pode ficar ainda pior se ele for derrubado por um impeachment?
O impeachment é sempre um processo político. Se fosse jurídico, seria julgado na justiça. Mas não. O da presidente Dilma foi julgado no Congresso. O do presidente Peres vai ser julgado primeiro no Conselho Deliberativo e depois, se passar, pela Assembleia Geral, de associados. O embasamento estatutário para o impeachment está bem claro. Mas o conselheiro vai avaliar, na verdade, politicamente se deve afastar Peres e entregar o clube ao vice, Orlando Rollo. O sócio, também. Se até lá o time tiver reagido em campo com o trabalho de Cuca e os novos reforços, fica reduzida a possibilidade de afastamento do presidente. Se ficar assim ou se piorar… adeus Peres!!!
O Santos derrapa, mas outros dois grandes do futebol de São Paulo se mostram competitivos. O Corinthians, depois da derrota para o São Paulo, coleciona três vitórias seguidas, duas pelo Brasileiro (Cruzeiro e Vasco) e outra pela Copa do Brasil (Chapecoense). O atacante paraguaio Romero marcou 6 gols nestes 3 jogos e se tornou a principal estrela corintiana. O São Paulo tropeçou em casa no meio da semana pela Copa Sul-Americana, mas ganhou do Cruzeiro fora de casa no domingo pelo Brasileiro e persegue o líder Flamengo. Está no cangote dos flamenguistas.
O Palmeiras é um capítulo à parte. Perdeu do Fluminense, demitiu o treinador Roger Machado e contratou Felipão. Empatou com o Bahia pela Copa do Brasil no meio da semana. No começo do ano passado e outra vez no começo deste ano, o Palmeiras errou contratando treinadores inexperientes, verdes (Eduardo Baptista e Roger Machado) para lidar com um elenco caro e recheado de jogadores complicados como Felipe Melo, Dudu, Roger Guedes (2017) e Lucas Lima (2018). Agora só o tempo vai dizer se o Verdão não errou na direção oposta, contratando um treinador maduro demais, o Felipão de 2018, rico e à beira dos 70 anos.
Se acertar com Felipão, o Palmeiras passa a ser o único dos 4 grandes paulistas com potencial para rivalizar com Flamengo e Grêmio, as duas equipes que mostraram no ótimo jogo de quarta-feira, que estão num patamar acima do pobre e decadente futebol brasileiro.
