Qual a melhor forma de comemorar o Dia do Cinema Brasileiro (19 de junho) se não assistindo aos grandes clássicos que o país já produziu? Separamos dez filmes que, se você ainda não viu, com certeza já ouviu falar. Prepare a pipoca e aproveite!
Tropa de Elite (2007)
O filme mostra o dia-a-dia do grupo de policiais do batalhão do BOFE, com enfoque no capitão Nascimento (Wagner Moura), que quer deixar a corporação e tenta encontrar um substituto para seu posto. Paralelamente, dois amigos de infância se tornam policiais e se destacam pela honestidade e honra ao realizar suas funções, indignando-se com a corrupção existente no batalhão em que atuam.
O sucesso foi tão grande que o diretor José Padilha fez a sequência “Tropa de Elite 2”, que se tornou o segundo filme brasileiro mais visto no país, segundo a Ancine.
O Auto da Compadecida (2000)
A comédia contra a história das aventuras dos nordestinos João Grilo (Matheus Natchergaele), um sertanejo pobre e mentiroso, e Chicó (Selton Mello). Ambos lutam pelo pão de cada dia e passam por vários episódios enganando a todos do pequeno vilarejo de Taperoá, no sertão da Paraíba. A salvação da dupla acontece com a aparição da Nossa Senhora (Fernanda Montenegro).
Cidade de Deus (2002)
Na trama, Buscapé (Alexandre Rodrigues) é um jovem pobre e negro, que cresce em um universo de muita violência na Cidade de Deus no Rio de Janeiro. Amedrontado com a possibilidade de se tornar um bandido, Buscapé acaba sendo salvo de seu destino por causa de seu talento como fotógrafo. Atrás da câmera, o jovem analisa o dia-a-dia da favela que vive, onde a violência aparenta ser infinita.
O Pagador de Promessas (1962)
Inspirado na peça teatral de Dias Gomes, O Pagador de Promessas é um marco do cinema nacional! O filme é premiado com a Palma de Ouro, em Cannes, e indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 1962. O longa retrata a relação entre o homem e as instituições de poder (neste caso, a religião). O elenco inclui Leonardo Villar, Gloria Menezes e Norma Bengell.
Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964)
Mais um marco para a mudança do cinema nacional! Segundo a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), o filme é o segundo melhor de todos os tempos.
Deus e o Diabo na Terra do Sol acompanha a fuga de um vaqueiro e sua esposa após este matar um poderoso coronel da região. Com a promessa do fim do sofrimento, o casal se junta aos seguidores do beato Sebastião, que mais tarde são exterminados por um matador de aluguel a serviço da Igreja Católica e dos latifundiários da região.
Central do Brasil (1998)
Fernanda Montenegro foi a primeira atriz brasileira a ser indicada ao Oscar com sua personagem nesta comovente história. A trama acompanha Dora, uma senhora que escreve cartas para analfabetos na estação Central do Brasil, e Josué (Vinícius de Oliveira), um garoto que perdeu a mãe em um trágico acidente e sonha em encontrar o pai que nunca conheceu.
Terra em Transe (1967)
Na época de seu lançamento, Terra em Transe enfrentou problemas com a censura ao recriar um país fictício da América Latina que passa por uma crise política.
Atualíssimo, o quinto maior filme brasileiro de todos os tempos, segundo a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), relata a história do senador Porfírio Diaz (Paulo Autran) que detesta seu povo e pretende tornar-se imperador de Eldorado, um país localizado na América do Sul. Porém, existem diversos homens que querem este poder e resolvem enfrentá-lo. Enquanto isso, o poeta e jornalista Paulo Martins (Jardel Filho), ao perceber as reais intenções de Diaz, muda de lado, abandonando seu antigo protetor.
Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976)
A comédia é contada durante o carnaval de 1943 na Bahia, quando o mulherengo Vadinho (José Wilker) morre repentinamente. Sua mulher, Dona Flor (Sônia Braga), fica inconsolável. Tempo depois ela se casa com Teodoro Madureira (Mauro Mendonça), um farmacêutico que é exatamente o oposto do primeiro marido e passa a ter uma vida estável e tranquila, mas tediosa. De tanto "chamar" pelo falecido, um dia ele aparece nu em sua cama. Um pai de santo se prontifica a afastar o espírito de Vadinho, mas existe um problema: no fundo, Flor quer que ele fique, pois ela tem um forte desejo que precisa ser saciado.
Que Horas Ela Volta? (2015)
Misturando drama e comédia, o filme consegue confrontar as realidades do Nordeste e Sudeste do país.
Com inúmeras premiações, o filme relata quando a filha de Val (Regina Casé) chega a São Paulo para prestar vestibular e a convivência na casa onde a doméstica trabalha fica complicada. Jéssica (Camila Márdila) não age dentro do protocolo esperado, o que gera tensão com a família. Todos serão atingidos pela autenticidade de sua personalidade. No meio deles, dividida entre a sala e a cozinha, Val terá que achar um novo modo de vida.
Aquarius (2016)
Indicada a prêmios internacionais, a trama conta a história de Clara (Sonia Braga), 65 anos, jornalista aposentada, viúva e mãe de três adultos. Ela mora em um apartamento no Recife, onde criou seus filhos e viveu boa parte de sua vida. Interessada em construir um novo prédio no espaço, os responsáveis por uma construtora conseguiram adquirir quase todos os apartamentos do prédio, menos o dela. Por mais que tenha deixado bem claro que não pretende vendê-lo, Clara sofre todo tipo de assédio e ameaça para que mude de ideia.