Lançada há dois meses, a cinebiografia do bispo Edir Macedo alcançou o posto de filme com o maior número de ingressos vendidos na história do cinema nacional. São mais de 11 milhões e 200 mil entradas, desbancando “Os Dez Mandamentos” – outra produção ligada à Rede Record.
Em ambos os casos, porém, matérias na mídia relataram salas com lugares sobrando em sessões que estavam com todos os ingressos vendidos, dando a entender que a Igreja Universal do Reino de Deus distribuiu convites a rodo para fazer de “Nada a Perder” um sucesso comercial. Já a IURD afirma que isso não passa de uma campanha para prejudicar o filme.
De qualquer forma, o longa-metragem dirigido por Alexandre Avancini, com orçamento de R$ 40 milhões, conseguiu pelo menos um feito inegável – e internacional: entrar na lista dos cem piores filmes de todos os tempos!
No ranking de avaliações do conceituado IMDb (Internet Movie Database), “Nada a Perder” ocupava a 43ª colocação no momento em que este texto era redigido, com uma nota média de 2,3 pontos numa escala de zero a dez. É a única produção brasileira a figurar neste “honroso” e seleto clube…
Democrático – Na lista há fitas de países como Alemanha, Turquia, Hungria, Dinamarca, Japão, Índia e Itália. A maioria, porém, vem dos Estados Unidos.
“Nada a Perder” tem a companhia de pérolas como o inacreditável “A Gostosa e a Gosmenta”, comédia romântica protagonizada pela socialite Paris Hilton em 2008 (19ª posição). Ou “Glitter”, desastre estrelado pela cantora Mariah Carey em 2001 (31º). Há outros longas de nomes sugestivos como “O Ataque do Tubarão Jurássico”, “Salada de Batata”, “Monstro a Go-go”, “Invasão dos Homens de Netuno”, “Papai Noel Conquista os Marcianos” e “A Múmia Asteca contra o Robô Humano”!
O ranking é liderado por um filme policial turco de 2015, intitulado “Code Name: K.O.Z.”, com nota 1,4. Imagine a maravilha…
Bem, de qualquer forma, tudo tem o seu lado bom: “Nada a Perder” pode ser ruim, mas pelo menos existem 42 filmes ainda piores!