O treinador Tite comandou a seleção brasileira pela 10a vez nestas eliminatórias na terça-feira. O retrospecto impressiona: 9 vitórias e esse empate por 1 a 1 com a Colômbia lá em Barranquilla.
Muitos torcedores, principalmente da velha guarda, entendem que o trabalho do treinador é secundário. Que quem entra em campo e joga são os atletas.
Quem pensa assim vai ter dificuldade para explicar a diferença do desempenho da seleção com Tite e com o antecessor dele no cargo, Dunga.
Nas seis primeiras rodadas, Dunga obteve com a seleção duas vitórias, três empates e uma derrota, para o Chile, em Santiago, na estreia, por 2 a zero. Vale ressaltar que as duas vitórias foram obtidas contra adversários de menos tradição e ambas em casa: Venezuela e Peru. Aproveitamento de 50% e fora da zona de classificação.
O aproveitamento de Tite é de 93,3% e tem resultados expressivos como os 3 a zero na Argentina em Belo Horizonte e os 4 a 1 no Uruguai em Montevidéo.
Além da rodagem nos clubes que dirigiu e dos resultados que conquistam o respeito dos jogadores, dos jornalistas e dos torcedores, Tite tem a favor dele outro elemento importante. Alcançou um patamar em que está blindado contra pressões de cartolas e empresários para convocação e escalação de jogadores para valorização deles e viabilização de negócios lucrativos. Pode convocar e escalar o que tem de melhor.
E o que tem de melhor, joga fora do país. A seleção entrou em campo nesses dois últimos jogos sem nenhum jogador que atua no Brasil.
Isso traduz a qualidade inferior do Campeonato Brasileiro em relação aos europeus como os da Inglaterra, Espanha, França, Alemanha, Itália.
Dupla incompetência: dos políticos que não conseguem fazer a economia deslanchar e dos cartolas que não conseguem organizar de maneira decente um calendário e uma política de ingressos e de marketing que garanta estádios lotados em todas as competições.
Vale lembrar que o Brasil tem uma população, anunciada pelo IBGE na semana passada, de 207 milhões de habitantes, mais do que o dobro que a de qualquer um desses países, e uma economia da mesma ordem de grandeza deles, com exceção da Alemanha.
Janela fechada
O último dia da janela europeia não trouxe as extravagâncias dos anos recentes. Só contratações pontuais movimentaram o mercado. Chelsea (Drinkwater e Zappacosta), Liverpool (Chamberlain) e Juventus de Turim (Howedes) foram os coadjuvantes. O PSG de Neymar novamente protagonizou com a aquisição de Mbappé. Os que queriam sair, fizeram burburinho e acabaram ficando: Diego Costa, Coutinho, Alexis Sanchez e Mahrez.
Rodada
O Brasileirão volta no final de semana depois da pausa para a seleção. O Palmeiras pega uma pedreira no sábado às 16h00 no Horto: o Atlético Mineiro tentando se recuperar na tabela. Santos e Corinthians fazem na Vila Belmiro, no domingo às 16h00, o principal jogo da rodada. O líder folgado vem de tropeços e pode ter a situação complicada por uma derrota. O Peixe vem de uma sequência incômoda de empates e de seca de gols e está com a cabeça nas quartas da Libertadores, na quarta-feira que vem, contra o Barcelona, em Guaiaquil. O drama são-paulino tem mais um capítulo. Na vice-lanterna e com o treinador Dorival Junior questionado, o Tricolor recebe a Ponte Preta, no domingo às 19h00, em jogo de seis pontos na luta contra a zona da degola.
Futevôlei
As mulheres vão incorporando, no Rio de Janeiro, a modalidade. O aumento também é constante nas escolinhas e nas quadras das praias de todo o Brasil. Em algumas, elas já são maioria. Uma pioneira, em Santos, na década de 80, foi Teresa Lordelllo. Ela jogava na praia do Canal 3, para espanto de muita gente. E enfrentava as feras da época de igual para igual, como os supercampeões Lino Alonso e Marcelo Rossi. As mulheres usam o ombro para substituir o peito, muito utilizado pelos homens.