Quem quiser conhecer o modo tradicional de vida quilombola pode visitar uma das comunidades que fazem parte do Circuito Quilombola Paulista, criado em março de 2016 para desenvolver o turismo agroecológico e cultural desses povoados. Entre elas está a Comunidade de Ivaporunduva, no município de Eldorado, no Vale do Ribeira.
Lá, os turistas são recebidos pelos moradores, que mantêm no local uma pousada para pernoite, com café da manhã, almoço e jantar. Bem estruturada, a comunidade oferece monitores para atender os visitantes e orientá-los sobre a história da região e suas características, em especial as lutas que envolveram a resistência dos escravos contra os seus opressores.
Entre as atrações locais está a Capela Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, construída no Século 17 às margens do Rio Ribeira e que é tombada como patrimônio histórico. A comunidade também produz doces e um bonito artesanato, como bolsas, cintos e almofadas, feito com sementes e folhas de bananeira. O principal produto agrícola é a banana orgânica. As visitas devem ser agendadas pelo tel./whatsapp (13) 98106-5573, com o sr Elson.
Áreas que serviam de abrigo para escravos
No Estado de São Paulo existem 33 comunidades remanescentes de quilombos, em áreas que serviam de abrigo e resistência dos antigos escravos, desde o século 17. Hoje, nessas terras vivem cerca de 1,4 mil famílias que celebram a cultura de seus antepassados e produzem diferentes produtos agrícolas, com assistência técnica da Fundação Itesp, que promoveu o trabalho de regularização fundiária das terras.
Outras comunidades que podem ser visitadas são: o Quilombo do Mandira, em Cananéia; os quilombos São Pedro, André Lopes, Pedro Cubas, Pedro Cubas de Cima, Sapatu, todos em Eldorado; os quilombos da Caçandoca, da Fazenda e Camburi, em Ubatuba; quilombos Cedro, Reginaldo e Ribeirão Grande, em Barra do Turvo; e o Quilombo Peropava, no município de Registro.
