Em outubro do ano passado, um gol marcado pelo zagueiro Henrique, do Fluminense, contra o Flamengo, foi inicialmente validado pelo árbitro Sandro Meira Ricci e, depois de 13 minutos, anulado. A decisão foi correta. O autor do gol estava em posição de impedimento. O diretor do Fluminense, Leonardo Lemos, entretanto, acusou o repórter Eric Faria, da Rede Globo, por interferência externa. O jornalista teria passado ao árbitro auxiliar uma informação baseada nas imagens de TV. A equipe de arbitragem é proibida de receber esse tipo de informação.
Coisa muito parecida aconteceu na Vila Belmiro na quarta-feira. O árbitro Leandro Vuaden marcou pênalti contra o Flamengo aos 40 minutos do primeiro tempo. Depois de conversar com o árbitro auxiliar, cancelou a decisão. A direção do Santos fez a mesma acusação ao mesmo repórter: interferência externa.
No jogo do ano passado, a Rede Globo mostrou leitura labial do árbitro auxiliar dando a informação a Meira Ricci. No jogo de quarta-feira, a posição de Vuaden, 10 a 12 metros de distância e de frente para o lance, tem visão muito melhor do que a do auxiliar, entre 30 e 40 metros de distância.
Nos dois casos, assim, os árbitros estão melhor posicionados para decidir sobre o lance do que os auxiliares. Isso reforça a impressão de que o cancelamento da decisão deles tenha sido influenciada por informação baseada em imagens.
O episódio revela uma verdadeira coleção de problemas que se repetem e que já poderiam ter sido equacionados:
1) A Comissão de Arbitragem, depois do que aconteceu no ano passado, já deveria ter padronizado procedimentos para evitar a repetição do problema.
2) A Fifa já poderia ter adotado o auxílio eletrônico para a equipe de arbitragem em lances polêmicos como esse.
3) A distribuição entre os clubes das cotas de transmissão de jogos pela TV já deveria ter uma regulação equilibrada e justa, baseada em resultados alcançados dentro de campo. Mesma coisa para a escolha dos jogos transmitidos pela TV aberta. O quadro atual reforça as suspeitas de “conspiração” e de fraudes em benefício de Flamengo e Corinthians.
A direção do Santos fez oficialmente uma acusação pesada e pediu providências drásticas e até exageradas da CBF em função desse caso.
E o repórter respondeu com um desafio aos diretores do Peixe: a apresentação de provas.
Nadadores brasileiros
Duas façanhas da natação brasileira nesta semana. Nicholas Santos se tornou, aos 37 anos, o nadador mais velho a subir num pódio de Mundial. Prata nos 50 metros borboleta, o atleta expressou publicamente gratidão a Marcelo Teixeira, da Unisanta, de Santos, pelo apoio num momento difícil em que poderia encerrar a carreira. E a pernambucana Etiene Freitas, aos 26 anos, venceu a prova de 50 metros costas e se tornou a primeira brasileira a conquistar uma medalha de ouro nessa competição: mundial em piscina olímpica.
Patinadora do Inter
Outra façanha aconteceu na patinação artística. Pela primeira vez, o Brasil subiu no pódio dos Jogos Mundiais, em provas individuais femininas de patinação artística. A competição poliesportiva é considerada equivalente a uma "Olimpíada" dos esportes ainda não olímpicos. A autora da conquista foi a patinadora Rafaela Freitas, do Clube Internacional de Regatas, em Santos.
Rafaela, de 19 anos, levou o bronze. A Itália, o ouro e a Espanha, a prata. Os Jogos Mundiais acontecem a cada quatro anos e a edição 2017 foi realizada na Polônia, em julho.
Neymar de saída?
O episódio da briga com o português Nelson Semedo, no treino do Barcelona, é mais um indício de que a passagem do astro brasileiro pelo clube catalão vai ter em breve o capítulo de encerramento com a transferência bilionária para o Paris Saint Germain.
Para voltar ao Olimpo
A contratação do atacante Diego Costa, brasileiro naturalizado espanhol, ex-Chelsea, que está se desenhando, pode ser a cereja no bolo do Milan. O clube pode ser considerado o que mais e melhor investiu nessa janela de transferências. O objetivo claro é voltar ao topo da Europa, onde estão os espanhóis Barcelona e Real, o alemão Bayern e a também italiana Juventus.