A segunda edição do ‘Santos Arte Preta’ terminou, na noite deste domingo (12), no Centro Cultural Patrícia Galvão, celebrando talentos de diferentes gerações, boa parte deles verdadeiras ‘pratas da casa’ da cultura santista.
O show da banda Musirama com participação da cantora Paula Lima encerrou os quatro dias de programação gratuita, que abriu espaço para exposições, shows musicais, sessões de cinema, feira de arte, literatura, gastronomia, arte urbana, dança e diversas atividades ligadas à cultura afro.
O final de semana foi de intenso movimento no Centro de Cultura, tendo o sábado (11) marcado por homenagens a artistas que desenvolvem um trabalho importante de formação e também levam o nome de Santos para o mundo.
A professora Cremilde Martins Tavares foi homenageada por seu longo trabalho em projetos voltados ao público idoso, entre eles, a implementação e coordenação do programa ‘Movimente-se com a Dança e a Música’. “Não esperava receber esta homenagem. Tudo que fiz foi com muito carinho pelas pessoas, e acreditando sempre no ser humano”, comentou a professora.
Em outro momento marcante do dia, foi inaugurado o ‘marco zero’ do street dance no Brasil, um monumento que marca uma revolução sem precedentes na história da dança no País, instalado no local de ensaios do projeto social Dança de Rua.
Momentos antes da inauguração, foi apresentada a coreografia ‘Homens de Preto’, com participação de integrantes da formação original do grupo Dança de Rua do Brasil unidos a integrantes mais jovens, que são ou foram alunos do projeto social.
“Dentro da dança cabe todo mundo. É uma atividade intergeracional, que une pessoas de todas as idades”, comentou a vice-prefeita Renata Bravo, que prestou uma homenagem ao coreógrafo Marcelo Cirino. “Através do seu sonho, você construiu algo que toca a todos”, completou.
Ainda no sábado, o ator Christian Malheiros bateu um papo com público sobre a sua trajetória no teatro, séries e cinema. Formado pela Escola de Artes Cênicas Wilson Geraldo, ele já conquistou diversos prêmios nacionais e internacionais.
Entre outros assuntos, Malheiros lembrou de quando tomou a decisão de se tornar ator: “Tinha apenas 12 anos, mas só tive a oportunidade de estudar teatro um pouco mais tarde, na EAC. Formar-me ator foi o maior desafio da minha vida”, comentou Malheiros. Ao final do encontro, foi exibido o filme ‘A Última Festa’, que tem o ator de 24 anos como um dos protagonistas.
Outro jovem talento que marcou presença no festival foi a pequena escritora, Francisca da Silva Ribeiro, de apenas 9 anos. Junto a outros nove autores negros, ela apresentou o seu livro ‘O Baú de Histórias da Francisca’, um pequeno recorte dos mais de 150 contos que já escreveu.
“Gosto de escrever sobre tudo, principalmente sobre animais”, afirmou a tímida menina, que, logicamente deseja ganhar vida como escritora no futuro. “É um sonho. Desejo que dê certo”.
O Santos Arte Preta foi uma realização da Secretaria de Cultura de Santos.