Todo mundo sabia que a situação financeira da Prefeitura de Cubatão beira o colapso. Entre as medidas para tentar remediar a situação, o prefeito Ademário Silva (PSDB) bolou um pacotão que prevê mudanças profundas na vida dos servidores municipais e enviou, a toque de caixa, para a Câmara aprovar.
Indignados, os funcionários fizeram um grande protesto, na quarta-feira (28) e tentaram impedir que os vereadores entrassem na sede do Legislativo para votar a matéria.
Em vez de chamar os servidores para explicar as razões do governo, o presidente da Câmara, Rodrigo Soares, o Alemão (PSDB), com a anuência do prefeito, chamou a polícia. Resultado: a tropa de choque soltou bombas contra os manifestantes, deixando vários feridos – sobrou até para um repórter-fotográfico que acompanhava tudo.
Apoio dos petistas
Os dois projetos apresentados pelo prefeito foram aprovados praticamente por unanimidade, inclusive com os votos dos vereadores do Partido dos Trabalhadores (PT). Apenas Ivan Hildebrando (PSB) votou contra.
Estancar a sangria
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Cubatão, Jorge Daniel Santos, afirma que a categoria está indignada porque, durante a campanha eleitoral, Ademário assegurou que não mexeria em “nenhum benefício do servidor”.
Escalado para falar pelo governo, o secretário de Educação e Cultura, Raul Christiano, afirmou que a gestão anterior não apresentou um quadro transparente da situação. “Na campanha tínhamos uma informação, mas, na transição, começamos a nos surpreender”, disse. Segundo ele, as mudanças são necessárias para “estancar a sangria” nas finanças para que a Prefeitura possa “respirar”.
Deixe um comentário