Na quarta-feira, o Palmeiras levou um público de 38.419 pessoas ao Allianz Parque, com uma arrecadação de R$ 2,56 milhões no jogo contra o Jorge Wilstermann. Na quinta, o Peixe recebeu 13.132 espectadores e arrecadou R$ 381.290 no confronto com o The Strongest.
Os dois jogos tinham importâncias equivalentes. Mas o do Palmeiras teve quase 3 vezes mais público e quase 7 (sete !!!) vezes mais renda.
É muita diferença !!!
Também ontem, o Corinthians fez jogo desimportante contra o Luverdense pela Copa do Brasil (tinha vencido fora de casa o adversário na semana passada). Foi em Itaquera. 25.082 pagantes e R$ 941.324 de arrecadação.
A comparação com o Flamengo, então, é devastadora. Na vitória contra os argentinos do San Lorenzo, na semana passada, 54 mil pagantes e R$ 3,68 milhões.
Os números do Santos, distantes dos rivais de mesmo porte na tradição futebolística, se aproximam muito dos da Chapecoense, que não figura entre os 12 grandes do futebol brasileiro.
A Chape, na derrota para o Lanús pela Libertadores nesta semana recebeu 12 484 espectadores e arrecadou R$ 339.450.
Num esporte altamente profissionalizado como o futebol, a dimensão da torcida, que alimenta fontes de receita como venda de camisetas e contratos de transmissão por televisão, e a arrecadação dos jogos se tornam decisivos para a manutenção do status de grandeza de um clube.
O Santos, em tradição, títulos e reconhecimento nacional e internacional, não fica devendo nada a nenhum dos rivais.
As alternativas encontradas pelo clube para a manutenção desse patamar ao longo da sua história sempre foram a formação de grandes jogadores nas divisões de base e a força da Vila Belmiro.
As divisões de base começam a ser valorizadas também por outros grandes clubes brasileiros. E a Vila Belmiro ainda está colocada entre os estádios tradicionais e não entre as modernas e confortáveis arenas que multiplicam a arrecadação média por ingresso.
“A força da grana” não pode ser subestimada. Foi graças a ela que os europeus se tornaram a principal potência futebolística do planeta, desbancando o Brasil do topo do ranking. Pelo mesmo motivo, a China vem aí…
Nesse cenário, para a comunidade alvinegra, é obrigatório pensar em alternativas para a manutenção da centenária tradição de grandeza.
Para jogos de importância equivalente, a arrecadação média por espectador do Flamengo contra o San Lorenzo foi quase igual à do Palmeiras contra os bolivianos do Wilstermann: R$ 68 e R$ 67. Mais do que o dobro da do Peixe contra o Strongest: R$ 29.
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A quarta fase da Copa do Brasil sorteou dois clássicos de muita tradição, mesmo antes da fase principal do torneio. O Corinthians enfrenta o Internacional e o São Paulo tem uma parada duríssima contra o Cruzeiro de Mano Menezes. Sport e Joinville, Goiás e Flu, Vitória e Asa ou Paraná são os outros jogos. Vale lembrar que os oito times da Libertadores, além de Atlético/GO, Paysandu e Santa Cruz já estão nas oitavas de final.
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Se os jogos das oitavas de final da Champions League já foram espetaculares, os da próxima fase prometem ainda mais emoção. Destaque para o duelo entre as potências Real Madrid e Bayern de Munique, com um ligeiro favoritismo para os alemães. O Barcelona vai ter de suar muito a camisa e contar com o talento do tridente Messi, Suarez e Neymar para passar pela Juventus. O Atlético de Madrid tem boas chances de chegar a mais uma semifinal diante do azarão Leicester, enquanto Mônaco e Dortmund fazem jogo equilibradíssimo.
Tá difícil
Cristóvão Borges não resistiu à pressão da eliminação para o bom time do Vitória na Copa do Brasil. Foi demitido. Desde 2011/2012, quando fez um bom trabalho no próprio Vasco, o treinador acumulou fracassos por onde passou. Os torcedores do Bahia, Fluminense, Flamengo, Atlético Paranaense e Corinthians certamente não têm saudade dele. Para o cruazmaltino, com um time fraco e um presidente ultrapassado, as coisas podem piorar, já que Luxemburgo é um dos nomes cotados.
Tiros errados
O Corinthians decidiu nesta semana afastar Cristian do elenco. Ele vai treinar separado. Mesmo sendo um jogador idolatrado pela torcida, o futebol apresentado pelo volante, repatriado no começo de 2015, justifica o afastamento. O problema é o salário astronômico. R$ 400.000 para um jogador que mal atuou. Ele não é caso exclusivo no Brasil: Thiago Ribeiro (Santos), Arouca e Erik (Palmeiras), Marcelo Cirino e Damião (Flamengo), Nico López (Inter) e Dedé (Cruzeiro) são alguns que pouco jogam mas que ganham muito.