Carnaval e consumo de álcool é uma combinação quase inevitável para quem gosta de beber e da folia. É um comportamento que faz parte da nossa cultura, o problema é o exagero. O consumo nocivo do álcool leva a pessoa a desenvolver doenças físicas e mentais, além de expô-la a riscos de acidentes e outras consequências violentas para a própria vida e a de terceiros.
Um dos principais motivos para o consumo de álcool é a intenção de mudar o estado de humor – ou o estado mental – para melhor. E, o álcool de fato pode, temporariamente, aliviar sentimentos de ansiedade e depressão e, muitas vezes, as pessoas usam bebida como uma forma de “automedicação”, na tentativa de se manter animado ou até para ajudar a dormir. Mas comumente este hábito pode tornar os problemas de saúde mental já existentes muito piores.
Câncer, cirrose, hepatite, pancreatite, anemias, gastrites e outras desordens são frequentemente associados ao uso do álcool. Além disto, o consumo de bebida também pode levar a pessoa a negligenciar outras doenças que ela tenha, como diabetes e pressão alta, contribuindo para agrava-las.
Reação Bifásica
De acordo com a equipe médica do Hospital Santa Mônica, da capital, reação bifásica é um termo que determina as duas fases da resposta ao consumo de bebidas alcoólicas. Na primeira fase, ocorrem os efeitos normalmente desejados por quem bebe, vivenciados como prazerosos. A partir de um determinado ponto, quando o nível de álcool satura nossa capacidade de metaboliza-lo, ele passa a causar sensações negativas, desagradáveis, tanto maiores quanto mais rápido e mais elevada for a alcoolemia – concentração passageira de álcool etílico no sangue. Quando há desenvolvimento de tolerância (ao se beber mais frequentemente e em maior quantidade), a segunda fase se inicia cada vez mais cedo durante cada episódio de consumo. O aumento do uso de etílicos reduz os efeitos de euforia e aumenta os efeitos ruins.
Química do cérebro
Um dos principais problemas associados com o uso de álcool é que seu consumo regular altera a química do cérebro. Ela diminui os níveis de serotonina – uma substância química que interfere, dentre outros processos, com as famosas depressão e ansiedade. Como resultado deste esgotamento, começa um processo cíclico, diante da depressão e ansiedade a pessoa bebe para aliviar, o que faz com que os níveis de serotonina no cérebro sejam reduzidos, levando a uma sensação ainda maior de depressão e ansiedade e, assim, necessitando de mais álcool. De acordo com os médicos que estudam o problema, o correto seria buscar um tratamento mais eficaz e menos arriscado para esta depressão ou ansiedade.
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