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Dia Mundial do Gato: veja como cuidar dos bichanos

16/02/2017
Dia Mundial do Gato: veja como cuidar dos bichanos | Jornal da Orla
O Dia Mundial do Gato, lembrado em 17 de fevereiro, é marcado por mimos e homenagens dos tutores aos seus bichanos, mas também é um bom momento para alertar sobre os cuidados com a espécie. 

Os cuidados começam pela escolha de uma ração de qualidade adequada à fase da vida do animal, se é castrado ou não, ou até mesmo “rações de tratamento”, que ajudam a minimizar os sintomas de doenças como problemas renais, cardíacos, obesidade, entre outros. Além disso, água fresca, potes corretamente limpos, ambiente confortável e seguro e higiene frequente da caixa de areia colaboram de forma significativa para o bem estar do animal. Sem esquecer, é claro, que arranhadores para afiarem as unhas, atividades físicas como brincadeiras e o afeto do tutor também são essenciais.

A aplicação mensal de antipulgas evita o desconforto causado por parasitas, vermes e até possíveis problemas de pele. Da mesma forma, a administração do vermífugo deve ser realizada mensalmente, evitando anemias e até mesmo doenças como a dirofilariose. Outro problema bastante comum são as bolas de pelos formadas no aparelho digestivo devido ao hábito do animal lamber-se para cuidar de sua própria higiene. Quando não eliminadas naturalmente pelo trato gastrointestinal provocam desconforto e vômitos.

Para auxiliar a passagem e eliminação natural das bolas de pelos existem no mercado diversas opções de medicamentos. “Dar remédios para gatos não costuma ser tarefa fácil para o tutor, por isso, desenvolvemos vermífugos e medicamentos para tratar bolas de pelos em apresentações que facilitam este processo e com sabores atrativos para os gatos”, explica Sandra Schuster, farmacêutica e sócia-proprietária da DrogaVET. “Pastas nos sabores frango ou peixe são as mais procuradas, pois podem ser aplicadas na pata do animal induzindo-o a lamber o medicamento”, complementa.

A aplicação da vacina quíntupla previne as seguintes doenças felinas: rinotraqueíte, calicivirose, panleucopenia, clamidiose e leucemia. A primeira dose deve ser aplicada quando o gato completar 60 dias, a segunda com 90 e a terceira com 120 dias. Já a vacina anti-rábica deve ser administrada uma semana após a terceira dose da vacina quíntupla. Após este programa preventivo inicial, as duas vacinas devem ser reforçadas anualmente.

O cuidado com a programação vacinal evita grandes transtornos aos tutores e sofrimento aos bichanos.  A rinotraqueíte é conhecida como gripe do gato e causa espirros, corrimento nasal, salivação, aftas e febre. Também atingindo o sistema respiratório dos gatos, a calicivirose é uma infecção bastante séria e sem cura. A panleucopenia é uma doença viral de alta mortalidade que acomete o sistema digestivo, respiratório e até a medula óssea, provocando diarreia, vômitos e febre. Considerada uma zoonose (pode ser transmitida ao homem), a clamidiose felina é uma infecção que afeta o trato respiratório e ocular dos gatos provocando sintomas como da conjuntivite e rinite. Já a leucemia felina é considerada a causa de morte por doença infecciosa mais comum em gatos. Causa imunossupressão e deixa o gato indefeso contra qualquer outra doença. Os sintomas são debilidade, perda de peso e de apetite.

Outra doença que vem afetando os bichanos é a FIV ou AIDS Felina. Não é transmissível aos humanos, mas provoca nos gatos as mesmas complicações enfrentadas pelas pessoas portadoras do vírus HIV. A AIDS felina ainda não tem cura e ataca o sistema imunológico, podendo ser controlada por meio de diversas medicações. 

Dificuldades para urinar e sangue na urina podem ser sintomas da Síndrome Urológica Felina, doença com maior incidência em machos, que afeta o trato urinário e pode até mesmo desencadear um quadro de insuficiência renal – levando o animal à óbito. Afeta principalmente os gatos com idade avançada, obesos, com pouca atividade física ou baixa hidratação. Já a Peritonite Infecciosa Felina (PIF) é uma doença contagiosa que acomete principalmente gatos com até 2 anos de idade e trata-se de um processo inflamatório da membrana que reveste a cavidade abdominal, chamada peritônio.

Outra doença que chamou a atenção pelo crescimento de casos nos últimos anos é a Esporotricose, micose causada pelo fungo Sporotrix s., que pode ser transmitida através de mordidas, arranhaduras, contato com a pele de animal infectado ou com algum item contaminado, como cascas de árvores, farpas, espinhos e o próprio solo. Essa zoonose é identificada por alterações na pele que parecem feridas de brigas e iniciam-se nos membros, cabeça ou base da cauda.

A boa notícia é que há tratamento com o fármaco itraconazol. Como trata-se de um tratamento de longo prazo, os medicamentos manipulados têm ganhado a preferência dos tutores, pois podem ser manipulados em forma de suspensão, biscoito, cápsula ou pasta oral no sabor de preferência do felino. 

Encerrando as dicas de prevenção às doenças é fundamental citar a castração, que evita as saídas dos gatos para as ruas e o consequente risco de contato com animais contaminados.