Cinema

Mostra de Cinema de Moçambique traz filmes e debates ao Miss

08/12/2016
Com sessões de curtas, médias e longas-metragens, além de debates entre realizadores audiovisuais de Moçambique, da Baixada Santista e antropólogos, a Mostra de Cinema Moçambicano ocupa o Museu da Imagem e do Som de Santos (Miss) de quinta-feira (8) a sábado (10), sempre às 20h, com entrada franca.
 
O evento apresenta um pouco da cultura do país africano, que possuí laços de identidade com o Brasil. A abertura da programação reúne os filmes ‘Mãe dos Netos’ (foto)| e ‘Espelho Meu’, além de debate sobre produções que unem animação e documentário.
 
O Museu da Imagem e do Som de Santos (Miss) fica no piso térreo do Centro de Cultura Patrícia Galvão (Av. Senador Pinheiro Machado, 48, Vila Mathias). Mais informações pelo telefone 3226-8019.
 
Programação
 
Quinta-feira (8) – 20h
 
=> ‘Mãe dos Netos’ (documentário e animação) de Isabel Noronha e Vivian Altman – 8 minutos – Aclamado como melhor do País em 2008, o filme é uma das inúmeras histórias resultantes do drama do HIV/AIDS em Moçambique, que destrói famílias e deixa nas mãos dos idosos a criação das crianças. 
=> ‘Espelho Meu’ (documentário e animação) de Isabel Noronha e Vivian Altman – 60 minutos – O filme é uma viagem de descoberta do universo feminino. Aborda as perspectivas de mulheres originárias de quatro diferentes lugares do mundo (Moçambique, Irã, Brasil e Espanha). Prêmio de Melhor Documentário no Festival Documenta Madrid (2011) e no Festival Internacional de Soria, da Espanha (2012). 
=> Mesa redonda – ‘Género’ e ‘Documentário e Animação’, com Isabel Noronha, Vivian Altman, Raquel Pellegrini e Vanessa (da Associação Camará)
 
Sexta-Feira (9) – 20h
 
=> ‘Junod’ (documentário) de Camilo de Sousa – 43 minutos – Enfoca a vida e obra do suíço Henri-Alexandre Junod (1863-1934), um homem de múltiplos talentos: antropólogo, linguista, fotógrafo, entomologista e escritor de ficção. Filmado em Moçambique e na África do Sul, países onde Junod viveu. Intelectuais, seguidores e descendentes do brilhante pensador falam acerca da modernidade do seu trabalho. 
=> ‘Na Dobra da Capulana’ (documentário) de Camilo de Sousa e Isabel Noronha – 30 minutos – O documentário é uma viagem ao reino encantado da ‘capulana’ (pano usando para cobrir o corpo). Revela um universo tipicamente feminino por meio de situações e narrativas de um grupo de mulheres que, tal como todas as moçambicanas, usa a capulana para diversos fins. 
=> Mesa Redonda – ‘Antropologia e Questões Culturais dos Tsonga’, com Camilo de Sousa e os antropólogos Marta Jardim e Luiz Passador
 
Sábado (10) – 20h
 
=> ‘Ngwenya, o crocodilo’ (documentário) de Isabel Noronha – 90 minutos – Fala de Ngwenya, o crocodilo, cujo espírito fala uma língua própria e voa em sonhos por um universo fantástico, que só as cores podem traduzir. E de Xiluva, uma menina cujo destino foi mudado pela chegada à sua vida de uma mulher vinda de um universo mágico. Filme sobre a vida e obra do pintor Malangatana. Prêmio Janela para o Mundo de melhor documentário da África, Ásia e América Latina no Festival de Cinema de Milão (2009). 
=> Mesa Redonda – ‘Tradição e Modernidade’, com Isabel Noronha e o antropólogo Luiz Passador