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Doença de Alzheimer

12/11/2016
O envelhecer traz maior possibilidade de doenças, principalmente, por dois motivos gerais. Um, pelo fato do organismo ir se degenerando com o tempo e os tecidos vão perdendo sua funcionalidade. O segundo é de estar mais tempo exposto aos agentes externos como poluição, alimentação desequilibrada e industrializada, álcool em excesso, tabaco, estresse e muito mais fatores.
 
A doença de Alzheimer (DA) é um dos quadros de demência senil que acomete 10% das pessoas com mais de 65 anos e 40%, com mais 80 anos. A DA é uma doença progressiva e fatal, apresentando neurodegeneração lenta e definitiva, com quadro de deterioração cognitiva e da memória comprometendo, de modo variável, a autonomia na realização das ações da vida cotidiana. Além da idade, o histórico da doença na família aumenta as chances de seu acometimento.
 
Duas explicações são aceitas, além de várias outras situações que poderiam agravar o quadro. A primeira refere-se a mudança estrutural do cérebro, quando há depósitos de proteínas causando morte gradativa dos neurônios cerebrais. A segunda explicação é a deficiência de um mediador químico, a acetilcolina, que participa da transmissão dos impulsos nervosos em certas áreas do cérebro.
 
Sem possibilidade de cura, o tratamento da DA visa o retardamento da piora dos sintomas cognitivos, da memória e de comportamento. O mecanismo dos medicamentos é o de manter os níveis de acetilcolina no cérebro. Eles podem ser ingeridos ou ser aplicados pela via transdérmica, por meio de adesivos.
 
A via transdérmica tem algumas vantagens. Por exemplo, a absorção se dá de forma mais regular, mantendo a concentração no sangue mais constante. Pela via oral, a absorção é mais intensa logo após a ingestão. Como forma de contornar esse problema, os laboratórios criaram os produtos de via oral de liberação prolongada (ou liberação retardada, ou controlada ou retard). 
 
Estudos mostram que a eficácia no tratamento se dá por igual, utilizando-se os medicamentos por via oral ou pela via transdérmica. Porém, pelo uso dos adesivos é possível reduzir-se as reações adversas. A via transdérmica, para o controle da DA, já está disponível no mercado há bom tempo e o SUS, em breve, irá fornecer medicamento por essa via de administração. O que poderá trazer mais conforto aos usuários desses medicamentos, portadores da DA.
 
Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.