Coluna Dois

Precisamos falar de Thomas Tuchel e Mauricio Pochettino

08/10/2016
Precisamos falar de Thomas Tuchel e Mauricio Pochettino | Jornal da Orla
Quem é o melhor técnico do mundo? A pergunta, muito comum em conversas de bar e rodas de discussão entre amigos, normalmente é respondida com os mesmos figurões. Pep Guardiola, José Mourinho, Diego Simeone, Carlo Ancellotti, Jürgen Klopp são alguns dos nomes que prontamente aparecem na consciência dos apaixonados por futebol. 
 
O método de jogo e a filosofia de cada um deles é bem diferente. O público já sabe bem como funciona. E se alguém responder os nomes de Thomas Tuchel e Mauricio Pochettino? Será que as pessoas vão saber quem são ou que time comandam? A resposta, muitas vezes, será negativa. 
 
Só que esses dois treinadores jovens e da nova geração merecem todo o destaque nesse momento. Uma boa parte da mídia os consideram os “técnicos do futuro”. Thomas Tuchel assumiu o comando do Borussia Dortmund quando o ídolo Klopp saiu. A história deles é bem parecida. Ambos treinaram o Mainz 5 por longos anos até chegarem ao clube bávaro. 
 
O Borussia de Tuchel manteve o estilo de jogo de Klopp. Moderno, ousado, vertical. O time tem sede de fazer gol, é o melhor ataque do Europa nesta temporada. A intensidade tem um toque da escola Guardiola. A troca de passes com paciência acontece com extrema organização desde da defesa até o campo de ataque. O Borussia envolve os adversários com triangulações e tabelas muito rápidas, como aconteceu no empate por 2 a 2 contra o Real Madrid, pela Champions League. 
 
Mauricio Pochettino trilha o mesmo caminho de sucesso que Tuchel. O argentino alçou o Tottenham para outro patamar na Inglaterra. O estilo dos londrinos tem como característica a recuperação de bola em bloco, o toque refinado que mantém a posse de bola, inversões e muita velocidade. 
 
Pocchetino foi elogiado por Guardiola antes do confronto contra o Manchester City, até então 100% na Premier League. O espanhol fez uma série de comentários e disse que se fosse torcedor gostaria que o time dele jogasse igual ao Tottenham. Os Spurs resolveram o jogo no primeiro tempo e venceram por 2×0. Jogando bonito e encantando. 
 
O argentino também merece destaque na montagem do time. O Tottenham possui um dos elencos mais jovens do mundo. O artilheiro Harry Kane foi lançado por Poch. Outros titulares que vieram da base também cresceram com o treinador, como a joia Dele Alli e Danny Rose. 
 
Tuchel e Pochettino conseguem fazer sucesso mesmo sem os elencos milionários dos rivais, como Bayern de Munique, Manchester United e Manchester City, por exemplo. E vão incomodar bastante os favoritaos, assim como o Atlético de Madrid de Simeone, que estabeleceu o melhor sistema defensivo do mundo com os Colchoneros. Guardem esses nomes. Eles são os técnicos do futuro.
 
Mortal
A ótima atuação de Jean Mota na vitória contra o Fluminense foi recompensada com a assistência no gol da vitória marcado por Ricardo Oliveira. O escanteio cobrado com precisão é uma das marcas do meia que veio do Fortaleza. Esse foi o quarto gol do Santos no Brasileirão que saiu de um escanteio cobrado por Jean Mota. Antes, o próprio Oliveira e Gustavo Henrique marcaram contra o Atlético Mineiro e Renato contra o Corinthians.
 
Que fase
O atacante Thiago Ribeiro teve uma passagem mediana pelo Santos e não deixou saudade. O declínio técnico na carreira do jogador era visível, que também não convenceu no Atlético Mineiro e foi jogar na segunda divisão pelo Bahia. O atacante, ainda do Peixe, chegou com status de “salvador da pátria” e o salário altíssimo de R$ 270 mil. Ribeiro está encostado e treina separado desde julho. Ele foi afastado por “falta de compromisso”.
 
Era Tite
O Brasil tinha apenas nove pontos em seis jogos nas Eliminatórias com Dunga no comando. Tite chegou com respaldo da mídia e da torcida, mas o momento não era dos melhores. Três jogos depois tudo mudou. O Brasil venceu todos e jogando tão bem de um jeito que muitos achavam que não era mais possível. Agora, já é o segundo na tabela e vê a Copa de 2018 mais perto.  
 
Salário mínimo
Os salários astronômicos que os craques dos grandes clubes da Europa recebem não é novidade para ninguém. No Barcelona, por exemplo, não são apenas as estrelas que podem comemorar. O menor salário do elenco, do terceiro goleiro Jordi Masip, é de 1,7 milhão de euros por temporada, o equivalente a R$ 508 mil mensais. Nada mal, não é?