Sete homens e um destino

O western já foi o gênero mais popular da história do cinema e com certeza é um dos meus prediletos. Seus duelos entre mocinhos e bandidos, intensas cenas de tiroteio, perseguições a cavalo e seus códigos de honra sempre me fascinaram. Um dos mais célebres filmes deste gênero é Sete Homens e um Destino, da década de 60, que por sua vez já era uma releitura do fantástico clássico Os Sete Samurais, de Akira Kurosawa. Agora, com a onda dos remakes em Hollywood, chega as telas o novo Sete Homens e um Destino, que não se compara aos clássicos citados acima, mas ao menos consegue entreter.

No filme, que mantém a mesma premissa e estrutura do original, moradores de um pobre vilarejo sofrem com abusos de um bando de malfeitores. Emma Cullen (Haley Bennett), para vingar a morte do marido e salvar a terra em que vive, contrata Sam Chisolm (Denzel Washington) para reunir um grupo de elite e combater os bandidos. O diretor Antoine Fuqua, de Dia de Treinamento, e experiente em filmes de ação, consegue fugir dos maneirismos de hoje em dia e entrega uma produção caprichada e com uma bela fotografia. O roteiro não consegue explorar a interação entre os personagens e suas motivações para aceitarem, tão rápido, uma missão que provavelmente os levaria à morte, tendo como ponto positivo, a diversidade do grupo. O único personagem que realmente consegue ter algum destaque e profundidade é Goodnight Robicheaux de Ethan Hawke.
 

Sete Homens e um Destino, não justifica sua refilmagem e não consegue se diferenciar dos diversos remakes que viraram febre atualmente. Porém, com uma direção segura, com destaque para a longa e violenta batalha final, e um ótimo e diversificado elenco, o filme consegue entreter e divertir, entregando o que havia proposto desde o início.
 

Curiosidades: Segunda colaboração dos atores Denzel Washington e Ethan Hawke com o diretor Antoine Fuqua. A primeira foi no filme Dia de Treinamento (2001), pelo qual os dois foram indicados ao Oscar.