Lula estará em Santos nesta quinta-feira (4), às 18h, no Sindaport (Rua Julio Conceição, 91, Vila Mathias), para participar do lançamento oficial da candidatura de Carina Vitral (PCdoB) à Prefeitura de Santos. Mais do que a mensagem de apoio à presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), a fala do ex-presidente é aguardada com grande expectativa, por conta do delicado momento em que ele e seu partido se encontram. Na sexta-feira (29), o juiz federal Ricardo Leite transformou-o em réu, por obstrução à Lava Jato. Além disso, o marqueteiro João Santana confirmou ter sido pago com caixa 2 para fazer campanhas petistas.
E agora?
Pensamento do ex-presidente Lula, segundo o humorista José Simão: “A casa caiu, mas não é minha”.
Nove candidatos
A eleição para prefeito de Santos deverá ter nove candidatos: Além de Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), que busca se manter no cargo, estão na disputa Marcelo Del Bosco Amaral (PPS), Hélio Hallite (PRTB), Carina Vitral (PCdoB), Débora Camilo (PSOL), Luiz Xavier (PSTU), Edgar Boturão (PROS), Paulo Schiff (PDT) e Pastor Genival (PSDC).
Apesar da quantidade de candidatos, a equipe do atual prefeito está confiante de que a fatura será liquidada logo no primeiro turno.
No campo da oposição, admite-se que Barbosa será o mais votado, mas acreditam que haverá segundo turno. A grande dúvida é: Quem for o segundo mais votado terá condições de aglutinar os demais candidatos e impedir a reeleição do atual prefeito?
Dança das cadeiras
Na eleição para o Legislativo santista, a grande briga deverá ser dentro da chapa PSDB-PMDB, que atualmente conta com 10 cadeiras. Apesar de dois deles (José Lascane, que já anunciou a aposentadoria, e Sandoval Soares, que será o candidato a vice do atual prefeito), estarem fora da disputa, a opinião geral entre os vereadores é que nem todos conseguirão se reeleger. São muitos candidatos disputando a mesma faixa do eleitorado.
Muitos candidatos para poucos votos
Um exemplo claro, que deve acontecer com frequência até 2 de outubro, ocorreu domingo (31), no último dia da Festa Inverno Santos, na Arena Santos. Os candidatos a vereador praticamente se esbarravam, entre um cumprimento, um beijinho e um tapinha nas costas dos potenciais eleitores.
O namoro com Michel azedou
As relações entre o PMDB e o PSDB, na esfera federal, estão estremecidas. Os tucanos apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff com a promessa de Michel Temer não ser candidato a presidente em 2018.
Temer não cumpriu o acordo de enviar ao Congresso um projeto que acaba com a reeleição. Diz que não é candidato, mas os tucanos não acreditam. Para completar, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), disse que o interino será candidato, “quer queira, quer não”, caso tenha aprovação de 50% dos eleitores em 2018. Aí ficam as perguntas: José Serra (PSDB) continua no Ministério? As tais reformas defendidas por Temer terão apoio dos tucanos?