A temporada de observação das Baleias Jubarte já começou na cidade de Porto Seguro, no sul da Bahia. A oportunidade de contemplar o espetáculo protagonizado pelos mamíferos gigantes se estende até outubro, criando um atrativo a mais para os turistas que procuram a famosa cidade baiana.
As Baleias Jubarte migram todos os anos das águas geladas da Antártica, onde se alimentam durante o verão, para o litoral baiano, onde se reproduzem durante o inverno. A espécie já foi intensamente caçada e teve sua população consideravelmente reduzida, mas, com o fim da caça, volta a se recuperar, saindo do estado de ameaça de extinção.
Segundo a bióloga Thaís Melo, da Cia. do Mar, ainda não é possível precisar a quantidade de animais que migram para o litoral sul da Bahia todos os anos e nem quando esse movimento começou. “Com a proibição da caça em 1986, as baleias voltaram a ocupar algumas áreas, que inclui a Costa do Descobrimento”, explica Thaís.
O passeio – O passeio é realizado em um barco tipo lancha e tem duração de pouco mais de 4h de navegação, sendo 1h30 para chegar ao local, 1h de observação e 1h30 para retornar. Além de terem acesso a várias informações sobre o comportamento das baleias, os visitantes podem contemplar o canto das mesmas usando o hidrofone, aparelho voltado para a captação dos áudios emitidos pelos animais marinhos. “É um passeio fascinante e de muitas surpresas, por isso recebemos turistas de diversas partes do Brasil e do mundo, além de moradores e grupos de estudantes”, comenta Thaís.
Jubarte “canta” para atrair fêmea
O nome científico é Megaptera novaeangliae, que significa “grandes asas” e “Nova Inglaterra”, local onde a espécie foi reconhecida pela primeira vez. Presentes em todos os oceanos, esses gigantes mamíferos têm expectativa de vida de 60 anos, podem medir até 16 metros e pesar 40 toneladas na fase adulta. A gestação dura cerca de 11 meses e o filhote costuma medir 4 metros e pesar 1,5 tonelada. Os machos da espécie cantam para chamar a atenção das fêmeas. No salto, as Baleias Jubarte chegam a expor até 2/3 de seus corpos fora d´água.