As clínicas particulares não estão conseguindo dar conta da grande procura por vacina contra o vírus H1N1 diante do novo surto da doença que já causou, até 29 de março, pelo menos 55 óbitos no Estado de São Paulo. Também está faltando álcool em gel nas farmácias da região.
A médica Márcia Faria Rodrigues, da Clínica de Vacinação Mar Saúde, em Santos, conta que há 15 mil pessoas na fila de espera pela vacina, que vão ser atendidas pela ordem de reserva. “O nosso estoque acaba e é reposto na semana seguinte, mas a agenda já está preenchida até o final da campanha contra a gripe”. O preço médio da dose é de R$ 100.
O Ministério da Saúde dará início à campanha nacional de vacinação contra a gripe dia 30 de abril, mas, como explica Márcia, o público alvo atendido pela rede pública corresponde apenas a 20% da população do país. “São 50 milhões de doses disponibilizadas pelo governo; a rede particular disponibiliza outras 5 milhões”. Ou seja, mesmo com a oferta de vacina, a maioria da população está vulnerável à doença.
Márcia acredita que a menor adesão às campanhas contra gripe nos últimos dois anos contribui para o novo surto de H1N1. “Em 2015, tivemos que jogar 1.500 doses no lixo. Isso traz duas consequências: a redução da cobertura vacinal aumenta a probabilidade da circulação do vírus na comunidade e as clínicas, por sua vez, reduzem o volume de compra para evitar o desperdício”.
Como prevenir – Além da vacina, é importante adotar medidas de prevenção e de higiene, como lavar sempre as mãos e evitar levar as mãos à boca, pois a principal forma de transmissão do H1N1 é pelo contato com superfícies contaminadas. O vírus resiste de 24 a 72 horas fora do organismo. Evite também locais com aglomeração de pessoas que facilitam a transmissão de doenças respiratórias.
