O prefeito Luis Cláudio Bili (PP) se preparava para ir à academia malhar quando foi surpreendido por policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), na manhã de segunda-feira (7). Eles cumpriam mandado de busca e apreensão, como parte da Operação Martim Afonso, deflagrada para apurar uma esquema ilegal nas lotações que circulam pela cidade.
Segundo a polícia, Bili é suspeito de favorecer e se beneficiar da máfia que opera o transporte coletivo da cidade, que seria usado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para lavar dinheiro de crimes, principalmente tráfico de drogas.
O delegado-titular da DIG, Luis Ricardo Dias Lara Júnior, disse que as informações coletadas serão compartilhadas com o Ministério Público, órgão responsável por investigar pessoas com foro privilegiado, como o prefeito.
Prisões e apreensões
Além de sua residência, o gabinete do prefeito também foi vasculhado pelos policiais. Na operação, foram presas 18 pessoas, entre elas o secretário de Assuntos Jurídicos de São Vicente, Sinval de Moraes, e o vereador Eronaldo Oliveira, o Ferrugem. Foram apreendidos, na Prefeitura, na sede da Cooperlotação e na Câmara, documentos, computadores e até armas.
O clima nos setores políticos da cidade é de apreensão pois muita água ainda vai rolar por baixo da ponte…
Viagem na maionese
Ainda na manhã de segunda-feira (7), Bili divulgou pela internet um depoimento em vídeo estranho, beirando o patético. “Parece que virou (sic) moda essas diligências e tal… Aqui foi tudo bem. Quero agradecer a compreensão, a tolerância de muitos”, disse. O céu caindo sobre São Vicente e ele: “Estamos felizes, um dia ensolarado, um dia lindo”.
Bili deu uma verdadeira viajada na maionese: “Sabemos que esta crise vem prejudicando muito, uma crise institucional, econômica, mas acreditamos que isso vai melhorar. E temos fé para isso. Que Deus abençoe a todos”, completou.
A postagem recebeu mais de 800 comentários, a maioria esmagadora com críticas ao prefeito.
