Santos

Sete dias sem Gilberto Mendes

07/01/2016
Sete dias sem Gilberto Mendes | Jornal da Orla
Será celebrada nesta quinta-feira (7), às 19h, na Igreja Anglicana de Santos (Praça Wahsington, 92, José Menino), uma missa de Sétimo Dia em homenagem ao maestro Gilberto Mendes. Ele faleceu aos 93 anos, na Santa Casa de Santos, onde estava internado desde a véspera do Natal. Além da missa, haverá também apresentação do Madrigal Ars Viva.
 
Mendes é considerado o principal músico erudito brasileiro depois de Heitor Villa-Lobos. Criador do Festival Música Nova, que este ano terá sua 50ª edição, recebeu diversos prêmios e homenagens. Entre eles, a Ordem do Mérito Cultural, concedido pelo Ministério da Cultura.
 
Foi professor da Universidade de São Paulo (USP), compositor de centenas de músicas, escritor e crítico musical.
 
A qualidade da obra de Gilberto Mendes é reconhecida internacionalmente. Verbetes com o seu nome constam das principais enciclopédias e dicionários mundiais, como o “Grove”, em inglês; o “Rieman”, em alemão; e o “Dictionary of Contemporary Music”, de John Vinton.
 
Gênio indomável
Apesar da idade, Mendes mantinha-se em plena atividade. Além de continuar produzindo músicas e livros, era um incentivador e inspirador de artistas mais jovens. “Ele deixou pronta uma canção para voz e violão e um romance sobre sua experiência como militante do Partidão”, revela o escritor Flávio Viegas Amoreira, seu amigo mais próximo. Ele explica que está iniciando a produção da biografia de Gilberto Mendes. “Mesmo quem não conhecia em profundidade a obra dele, o respeitava. Era uma espécie de Einstein da música. Todos sabiam que era um gênio”.


Leia o texto “Gilberto Mendes, esboço do eterno”, de Flávio Viegas Amoreira, em homenagem ao maestro.