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Codesp projeta fechar o ano com recorde histórico

24/11/2015
Codesp projeta fechar o ano com recorde histórico | Jornal da Orla
O total de cargas movimentadas nos dez primeiros meses deste ano sugerem que o Porto de Santos deve bater seu recorde de movimentação anual de cargas. A estimativa é do presidente da Codesp, Alex Oliva, ao analisar os resultados verificados até o fim de outubro.
 
Nos dez primeiros meses do ano, o porto movimentou 99,96 milhões toneladas, ultrapassando em 3,5 milhões de toneladas o total operado no mesmo período de 2013, quando foi registrado o recorde anual de movimentação, e em 6,70 milhões de toneladas o de 2014 (93,25 milhões toneladas).

Em outubro, foi registrado aumento nas exportações e redução nas importações: o Porto de Santos teve no mês passado um movimento 10,4% maior em relação ao mesmo mês do ano passado.

Pela quarta vez consecutiva, superou a marca mensal de 11 milhões de toneladas de cargas: o volume de 11,31 milhões de toneladas foi 10,4% superior às 10,24 milhões de toneladas operadas em outubro do ano passado. 

As exportações apresentaram seu melhor resultado histórico mensal, com 8,42 milhões de toneladas, 20,2% acima de outubro de 2014 (7,00 milhões de toneladas). É o segundo maior movimento mensal de exportação, ficando abaixo somente de agosto deste ano, quando foram escoadas 8,59 milhões de toneladas. As importações registraram queda de 10,9% em relação a outubro de 2014 (3,23 milhões de toneladas), com a marca de 2,88 milhões de toneladas.

O milho e a carga geral impulsionaram o movimento do porto.  Com 2,78 milhões de toneladas, aumento de 51,8% em relação ao mesmo mês de 2014, o milho foi a carga de maior volume operada. Nos três últimos meses (agosto, setembro e outubro), a commodity agrícola superou a marca mensal de dois milhões de toneladas, sendo as três maiores marcas do produto para o período.

O segundo produto de maior movimentação em outubro foi o açúcar, com 1,99 milhão de toneladas, aumento de 9,6% em relação a outubro de 2014 (1,82 milhão de toneladas). Também se destacaram nas exportações o complexo soja, quarto produto de maior movimentação no mês, com 489,17 mil de toneladas, representando um aumento de 87,9% em relação ao mesmo mês de 2014 (260,28 mil de toneladas);  o álcool, com 205,85 mil de toneladas movimentadas e aumento de 181,9% em relação a outubro do ano passado (73,03 mil t); e a celulose, com 326,76 mil t e 11,1% de aumento no mês.

Nas importações destacam-se o enxofre, com 209,56 mil toneladas, aumento de 36,3% em relação a outubro de 2014 (153,75 mil de toneladas); soda cáustica, com 81,72 mil de toneladas, aumento de 8,0% no mês em relação a 2014 (75,64 mil de toneladas); e o sal, com 80,24 mil de toneladas,  aumento de 129,7% no mês.
Movimento acumulado
 
As maiores marcas no movimento acumulado de cargas  de janeiro a outubro de 2015 foram de produtos de exportação. O complexo soja se destacou com 17,14 milhões de toneladas, acréscimo de 7,1% em relação ao mesmo período de 2014 (16,00 milhões de toneladas). O segundo produto mais movimentado foi o açúcar, com 14,72 milhões de toneladas, aumento de 2,4% em relação ao ano passado (14,38 milhões de toneladas). O milho vem a seguir com 10,56 milhões de toneladas, acréscimo de 70,4% em relação a 2014 (6,19 milhões de toneladas). O óleo combustível atingiu 1,97 milhão de toneladas, aumento de 9,9%.

Nas importações, o principal produto descarregado foi o adubo, com 1,97 milhão de toneladas. O número representa queda de 32,1% para o período em relação a 2014 (2,90 milhões de toneladas). Seguem o enxofre (1,65 milhão de toneladas, aumento de 12,5%) e o sal (826,12 mil de toneladas, acréscimo de 10,5%).
Contêineres e fluxo de navios
 
A movimentação de contêineres mantém aumento no acumulado do ano, com 3,18 milhões teu, crescimento de 4,2% em relação aos dez primeiros meses de 2014 (3,05 milhões teu). Em outubro, o movimento foi de 335.900 teu, queda de 0,5% em relação ao mesmo mês do ano passado (337.421 teu).

O fluxo de navios registrou queda tanto no mês quanto no acumulado do ano, caracterizando a frequência de navios de maior porte no Porto de Santos. Em outubro de 2015, foram 430 atracações, 2,9%  a menos do que no mesmo mês de 2014 (443). De janeiro a outubro, foram 4.301 atracações, contra 4.334 em 2014  (queda de 0,8%).

Balança comercial
O Porto de Santos se mantém como a principal porta de entrada e saída do comércio exterior brasileiro, com a participação de 27,3% no total do país. O movimento no complexo portuário santista foi de US$ 84,3 bilhões, de janeiro a outubro, em um total nacional de US$ 308,8 bilhões. A participação de Santos no movimento das cargas de exportação foi de 26,3% (US$ 42,2 bilhões) e de 28,4% nas importações (US$ 42,2 bilhões). As exportações brasileiras totalizaram US$ 160,5 bilhões e as importações US$ 148,3 bilhões.

Nas trocas comerciais pelo Porto de Santos, a China foi a principal parceira comercial do Brasil, com participação de 21,7% nas importações (US$ 9,14 bilhões) e 15,2% nas exportações (US$ 6,42 bilhões). Em seguida vêm os Estados Unidos, com presença de 15,8% nas importações (US$ 6,67 bilhões) e 13,4% nas exportações (US$ 5,64 bilhões). Nas importações, o 3º país com maior participação é a Alemanha (9,3%, correspondente a US$ 3,94 bilhões). O 3º país com maior participação nas exportações através de Santos foi a Argentina, com US$ 2,60 bilhões, correspondente a 6,2% do total.

A principal carga exportada pelo Porto de Santos, em relação aos valores comerciais, foi o complexo soja (grãos e farelo), com US$ 4,95 bilhões, correspondente a 11,8% do total. Destes, 9,8% foram para a China, seguida de Tailândia e Coréia do Sul (cerca de 0,5% cada), além de outros 17 países. Em seguida, o café, com 9,4% de participação (US$ 3,97 bilhões), para os Estados Unidos, Alemanha e Itália, além de outros 79 países; e açúcar, com 7,6% (US$ 3,22 bilhões) para China, Bangladesh e Egito, bem como para outros 60 países.

Nas importações, as principais cargas foram: inseticidas (US$ 634,41 milhões), vindos, principalmente, dos Estados Unidos, Bélgica e França; caixas de marchas (US$ 554,5 milhões), importados do Japão, Coreia do Sul, Indonésia e outros 21 países; em terceiro, fungicidas, com US$ 440,94 milhões. As origens foram França, Reino Unido, Estados Unidos e outros 15 países com menor participação.