Espalhados pelo litoral brasileiro, diversos fortes militares se transformaram em atrações turísticas que ajudam a contar a história do país. Algumas dessas edificações foram construídas há mais de quatro séculos e preservam a memória das cidades e vilarejos, a arquitetura e a tecnologia dos colonizadores europeus, além de hábitos dos soldados que serviram no território nacional desde a chegada dos portugueses. Os fortes servem ainda como um atrativo a mais em alguns dos principais destinos de sol e praia do país, como Rio de Janeiro, Salvador, Natal e Recife.
Forte de São Marcelo (BA) – É uma edificação histórica que encanta os visitantes na capital baiana, Salvador. Embora atualmente a visitação ao interior da construção seja proibida, a vista externa da fortaleza em formato circular, cercada por água no meio da Baía de Todos os Santos, é um dos cartões-postais da cidade. Construído no início do século XVII, o forte integrou a rede de proteção que defendeu a então maior cidade das Américas das invasões holandesas. Serviu ainda como prisão do general farroupilha Bento Gonçalves.
Fortaleza dos Reis Magos (RN) – Considerada um dos principais atrativos históricos do Rio Grande do Norte, a Fortaleza da Barra do Rio Grande, popularmente conhecida como Forte dos Reis Magos, se confunde com a origem da capital do estado, Natal. Em formato de estrela, o forte foi erguido por colonizadores portugueses em 1598. Em 1633 foi invadido pelos holandeses, porém anos depois os portugueses conseguiram retomar a cidade e o forte.
Cinco Pontas (PE) – Símbolo da resistência holandesa, o Forte das Cinco Pontas, em Recife, foi construído em 1630. Apesar do nome, o forte tem apenas quatro pontas, resultado de uma reconstrução feita após a guerra que expulsou os holandeses do Brasil. Um dos presos mais ilustres do forte, em 1935, foi o escritor Graciliano Ramos. Em seu famoso livro “Memórias do Cárcere” ele se refere ao lugar. Atualmente, o local abriga o Museu da Cidade do Recife.
Forte de Copacabana (RJ) – Construído no final do século XIX, foi palco de episódios históricos como o Levante dos 18 do Forte (1922); a Revolução de 1930, quando serviu de prisão para o presidente da República deposto, Washington Luís; e a Revolução de 1964, ponto de reunião para o Comando Revolucionário. Atualmente o local recebe cerca de 10 mil visitantes por mês e abriga o Museu Histórico do Exército.