A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas com diversas funções. A principal delas, e mais conhecida, é sua habilidade em estimular as células a absorver a glicose do sangue. A glicose é um dos componentes dos açúcares, como a sacarose (açúcar comum) ou amido (provenientes das farinhas). Quase todas as células do organismo necessitam de insulina, as do cérebro utilizam-se da glicose de forma independente. As do músculo necessitam do hormônio, mas quando em atividade física, precisam proporcionalmente de menos.
Produzimos e liberamos a insulina em diferentes quantidades durante o dia, conforme a necessidade. Em maior quantidade após as refeições e em quantidades mínimas, basais, durante a noite. Nunca deixamos de ter insulina no sangue, porque sempre haverá certa quantidade mínima de glicose circulando. O diabetes é uma doença em que há disfunção relativa à insulina. No diabetes tipo I, não há produção suficiente de insulina e no tipo II, a insulina é produzida, porém não consegue estimular as células a absorver a glicose.
O diabético tipo I sempre terá de repor a insulina que não produz e o do tipo II, terá de fazê-lo quando a sua situação piorar e o pâncreas entrar em falência diminuindo a produção do hormônio. Há vários tipos diferentes de insulina, mas todas elas fazem a mesma função, qual seja, estimular as células a absorver a glicose circulante.
As insulinas são classificadas em função do tempo de ação. As ultrarrápidas, começam a agir entre 5 e 15 minutos depois de administradas. Terão o máximo de ação entre 30 minutos e uma hora e, normalmente, são aplicadas antes das refeições, imitando a função do pâncreas que aumentam sua atividade para garantir mais insulina para induzir a absorção da glicose que estará aumentada, devido aos alimentos ingeridos.
As insulinas de ação rápida, ou regular, começam sua ação após 30 minutos da injeção, com o máximo de atividade após 2 ou 3 horas. Devem ser usadas com antecedência de 30 a 45 minutos em relação às refeições. E as de ação intermediárias, também chamadas de NPH, são mais lentas, iniciando a ação entre 2 e 4 horas da aplicação, agindo por até 18 horas. Outros tipos de insulina podem ter ação ainda mais prolongada.
Quando o diabetes for do tipo I, o médico fará uma conjugação de insulinas para, justamente, garantir níveis semelhantes ao que oferece o pâncreas. Certa concentração mínima constante (basal) e aumentos associados às refeições. Para isso, é preciso muita disciplina porque, diferentemente do pâncreas que analisa a necessidade e garante os níveis adequados, o portador de diabetes I precisa manter coerentes a quantidade de glicose ingerida com a quantidade de insulina aplicada e vice-versa. Se isso não for obedecido poderá ocorrer algo grave que a hipoglicemia, ou seja, as várias células absorvem em demasia a glicose circulante, faltando esse nutriente fundamental no cérebro.
Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, Avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.