Em assembleia na tarde deste domingo (28), os empregados da Portofer Transportes Ferroviário decidiram entrar em greve, às 7h desta segunda-feira (29). A empresa, que emprega 300 trabalhadores, é responsável pela carga e descarga de granéis, contêineres e outros produtos de exportação e importação pelo porto de Santos.
Inicialmente, a greve será de apenas um dia. Às 20h desta segunda-feira (29), haverá uma nova assembleia para debater possível contraproposta da empresa ou manter a greve por mais um dia.
A categoria reivindica 9% de reajuste salarial, na data-base de março, mas a empresa oferece 8,19%. A assembleia aconteceu no sindicato dos operários portuários (Sintraport) de Santos e região.
O presidente do sindicato, Claudiomiro Machado ‘Miro’, a diretoria e os trabalhadores que participaram da assembleia estarão nos locais de trabalho, a partir das 6 horas, organizando a paralisação.
O sindicalista diz que a categoria será imediatamente convocada para nova assembleia, caso a Portofer refaça a contraproposta. O jurídico do sindicato protocolará dissídio de greve no Tribunal Regional do Trabalho. “Esperávamos que a empresa abandonasse o radicalismo”, lamenta Miro, “mas ela preferiu prejudicar toda a logística portuária por causa de migalhas salariais”.
A Portofer opera 800 vagões por dia na margem direita do porto, em Santos, e 600 na margem esquerda, no Guarujá. A maioria das cargas são granéis sólidos e contêineres. A empresa possui 80 maquinistas, 80 operadores e 140 empregados em funções como supervisores, líderes e auxiliares de pátio e de operação, escriturários, pessoal de manutenção, rondantes e ‘olhos vivos’.
A assembleia deste domingo voltou a recusar, como a de terça-feira, a correção inflacionária de 7,69% mais 0,5% de aumento real. A diferença que separa a greve do acordo é de apenas 0,81%.
A categoria está em ‘estado de greve’ desde 27 de maio, quando recusou os 7,69% nos salários e benefícios. “Pelo visto, a Portofer não acreditou na nossa disposição de luta”.