Dois meses antes da data-base de agosto, a diretoria do sindicato dos trabalhadores na construção civil, montagem de manutenção industrial (Sintracomos) inicia a campanha salarial dos três mil empregados das 18 empreiteiras que prestam serviços à Usiminas Cubatão.
“Pouco importa se ela abafará altos-fornos, se o país está em crise econômica ou que as empresas tenham mil argumentos para nos dizer ‘não’, ‘não’ e ‘não'”, diz o presidente do sindicato, Macaé Marcos Braz de Oliveira, em tabloide convocando a categoria para assembleia, às 18h30, desta terça-feira (2).
O sindicalista lembra as palavras do advogado do sindicato Marco Antônio Oliva, numa das negociações com as 85 empreiteiras do polo industrial, no final de abril. “A cada ‘não’, ficamos mais perto da Consolação”.
A Consolação a que ele se refere é a famosa avenida da capital paulista onde fica o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que julga os dissídios de greve.
Polo industrial
Macaé recorda que, “na propalada crise econômica com desemprego e inflação acumulada de 8,34%, conseguimos correção salarial linear de 10%, além de avanços significativos no vale-refeição e na ‘PLR’ (Participação nos Lucros ou Resultados), no polo industrial de Cubatão”.
“Foi na campanha salarial de maio, nas empreiteiras das indústrias da região, que entrou para a história. Foi o primeiro resultado positivo, sem greve, em 26 anos. Portanto, todos na assembleia da Usiminas”.
