A companhia
Com uma frota que chegará aos seis navios em 2016, a Pullmantur é hoje a única companhia de cruzeiros voltada exclusivamente ao mercado latino, tanto europeu como americano. Seus principais mercados são o brasileiro, o espanhol, e o sul-caribenho (que inclui, entre outros, o panamenho, venezuelano e o colombiano). Parte do grupo Royal Caribbean desde 2006, a companhia foi fundada no começo dos anos 2000, e ficou famosa por operar no sistema tudo-incluído, que hoje é opcional a bordo de seus navios. Opera uma sub-marca, a Croisières de France, e tem sede divida entre Madrid, na Espanha, e Cidade do Panamá.
O navio
O Empress foi encomendado pela Admiral Cruise Line no final da década de 90; a companhia planejava chama-lo de Future Seas. Entretanto, enquanto ainda em fase inicial de construção, o navio e a Admiral foram comprados pela Royal Caribbean (RCI). Assim, foi renomeado Nordic Empress, e inaugurado em 1990 como navio da RCI. Sua construção aconteceu no estaleiro francês Chantiers de l’Atlantique, de St. Nazaire. É um dos raros casos de navios modernos que não possuem um navio gêmeo; ou seja, seu design é único. Navegou pela Royal Caribbean entre 1991 e 2007, com seu nome original, e mais tarde como Empress of the Seas. Em 2007 foi transferido para a Pullmantur, que havia acabado de ser adquirida pelo grupo Royal Caribbean. Com um custo original de 170 milhões de dólares, possui capacidade para 2,020 passageiros que são atendidos por 685 tripulantes. Possui 48,563 toneladas e é considerado hoje um navio de médio porte. Mede 211 metros de comprimento e 30 de largura, com calado de 7,6 metros.
Os roteiros
A Pullmantur opera em três principais destinos, o Caribe (em especial sua parte sul e central), a Europa (com roteiros pelo Norte do Continente, Mediterrâneo e Adriático), e também a América do Sul. Já o Empress, serve dois destes destinos para a companhia. Ainda que sua temporada inaugural pela companhia latina tenha sido no Caribe, tem, desde então, operado exclusivamente na América do Sul e Europa. No Brasil, embarca em Santos e Itajaí para cruzeiros ao Prata (em geral com escalas em Montevideo e Buenos Aires, em uma semana), e mini-cruzeiros pelo sudeste. Na Europa, realiza roteiros pelo Báltico e Fiordes Norugueses. Costuma também fazer algumas viagens no Mediterrâneo no outono europeu, e outras pontuais pelo atlântico norte com escalas nos arquipelágos da Madeira e Canárias, por exemplo.
Entretenimento e culinária
O Empress possui um grande diferencial em relação aos outros navios; seu inusitado deck da piscina. Localizado na área central do navio, o deck não é circundado por um pequeno deck superior nas laterais como na grande maioria dos navios de cruzeiro moderno. Ou seja, a piscina fica em uma área que é totalmente aberta, o que permite que mais sol incida diretamente sobre ela, e também traz maior contato com o mar. Esse design, no entanto, tem seus pontos negativos pois, ao eliminar o andar superior, elimina também boa parte da área que normalmente é utilizada como solário nos outros navios. Ou seja, há bem menos espreguiçadeiras e deck ao sol. Além de piscina, o Empress possui também um grande teatro com dois andares, casino, seleção de bares e um show-lounge. O espaço referência a bordo é o grande átrio com vão aberto que se extende por vários andares e que é interligado por elevadores panorâmicos.
Em relação à culinária, o navio disponibiliza três restaurantes, dois deles principais, incluídos na tarifa do cruzeiro e um terceiro de especialidade, cobrado separadamente. Destaque para o Miramar, localizado na popa. Com dois andares e grandes janelas de vidro voltadas para a proa, é o maior restaurante do navio, e funciona em dois turnos para jantar, todas as noites. No sistema a la carte, o restaurante abre ocasionalmente para almoço e café da manhã também. Servido pela mesma cozinha do Miramar, o Wú fusion possui uma proposta diferente. Bem menor, e mais sofisticado e intimista, serve especialidades da culinária oriental. É o único restaurante que não está incluído na tarifa do cruzeiro. Por último, o Empress possui um restaurante buffet, em um dos decks mais altos, próximo à piscina. Abrindo para todas as refeições, este restaurante funciona no sistema self-service.
Acomodações
As cabines no Empress não estão entre os pontos positivos do navio. Construído em uma época anterior ao advento das cabines com varanda, o navio até as possui em quantidade significativa. Entretanto, a proporção de cabines externas com janela e internas em relação às com varanda é baixa. Confortáveis, as cabines, em geral, não são espaçosas, mas servem bem sua função básica, de receber os hóspedes para uma boa noite de sono. A maior é a Royal Suite, localizada na proa. Possui uma espécie de sala, com sofás, mesa e bar e um quarto com uma cama de casal, além de varanda, closet e banheiro luxuoso.