O outono tem como característica principal a amplitude térmica: de dia faz calor, à noite esfria. Nessa época é possível ir à praia pela manhã e utilizar uma coberta leve para dormir. Mas se há que quem goste da estação, existe um grupo que está mais submetido às doenças deste período: as crianças.
São elas que mais sofrem com a mudança de temperatura, elevando os índices de atendimento médico-hospitalar em razão das viroses. De acordo com o chefe do Departamento de Atenção Pré-Hospitalar e Hospitalar da Secretaria Municipal de Saúde, Marco Sérgio Duarte, cerca de 95% dos atendimentos pediátricos nos prontos-socorros ocorrem por infecção das vias respiratórias. Também chamadas de viroses, se manifestam como resfriados comuns, gripes e infecções, como de garganta. “Claro que a incidência de viroses depende de cada sistema imunológico, mas é possível evitá-las com alguns cuidados”, diz.
O primeiro passo é utilizar roupas adequadas para a temperatura: não se deve agasalhar demais, nem de menos. “Hidratação é fundamental, assim como não andar descalço e evitar ficar com roupas molhadas. Já mães com crianças menores de 6 meses devem evitar grandes aglomerações, pois o sistema imunológico dos pequenos ainda está estável”, orienta.
São procedimentos que evitam uma evolução para quadros que merecem maior atenção, como pneumonia, sinusites, otites, entre outros. De qualquer forma, ficar atento às reações e sintomas das crianças é sempre uma boa dica: febre elevada (mais de 39ºC) ou persistente por mais de três dias, com sonolência e falta de apetite, deve ter atenção redobrada e merece avaliação médica detalhada para uma melhor investigação.