Um conceito já consagrado nos mercados da Europa e dos Estados Unidos, o “built to suit” (em português “construído para servir”) é a nova modalidade de locação de imóvel comercial urbano que vem ganhando força no setor de construção na Baixada Santista. Trata-se de um contrato imobiliário que viabiliza projetos de empreendimentos imobiliários segundo os interesses do futuro usuário, com prazos curtos para execução e sem a necessidade de desembolso inicial do contratante.
Em outras palavras, uma empresa precisa construir um imóvel especialmente planejado para suas atividades, mas não dispõe do capital ou não quer imobilizar seu ativo com o empreendimento. O construtor compra o terreno, constrói de acordo com o que o cliente estabelece e, depois, formaliza a locação por determinado período, suficiente para recuperar o capital investido e gerar renda para novos investimentos.
“A vantagem para o cliente é que ele não inviabiliza seu ativo financeiro com a obra, recebe um imóvel talhado para o exercício de suas atividades comerciais e pode abater o custo do aluguel como despesas no Imposto de Renda”, comenta o engenheiro Wagner M. Conde, diretor da CSO, um dos precursores da modalidade na região.
Da parte do construtor, apesar de ser um negócio que envolve altas somas, a vantagem é ele formar uma carteira imobiliária que vai permitir reinvestir o dinheiro no mercado, além de enfrentar menos concorrência. A expansão da modalidade traz ganhos também para a economia, com a criação de novos empregos e a venda de material de construção.
Entre as obras que a CSO já executou nesta modalidade em Santos, a mais expressiva é o prédio da Caixa Econômica Federal na av. Pinheiro Machado. Ali, a empresa de Wagner ergueu o edifício Caixa Office em um terreno com 4.350 m², com subsolo, agência bancária no térreo e mais seis andares, onde o banco centralizou seus diversos serviços. O contrato com a Caixa foi assinado por 10 anos. Outra obra a ser entregue é a nova unidade da rede de supermercados Dia, na av. Conselheiro Nébias.
Risco controlado – Devido aos riscos envolvidos, já que todo o dinheiro para o empreendimento parte do construtor, este é um negócio voltado para empresas de médio e grande porte. O pesado investimento inicial do locador, para atender às demandas específicas do locatário, é garantido por um contrato específico e pela estipulação de multa.