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Método contraceptivo da tabelinha não é considerado seguro

27/02/2015
Método contraceptivo da tabelinha não é considerado seguro | Jornal da Orla
Adepta ao método da tabelinha, a participante do BBB 15 Talita chamou a atenção ao tomar pela segunda vez no programa, a pílula do dia seguinte com o intuito de precaver-se de uma possível gravidez. Mesmo após ter relações sem o uso de preservativo e de anticoncepcional, a BBB acredita não estar grávida por estar fora do seu período fértil.
 
A tabelinha é considerada o método contraceptivo menos seguro de todos, de acordo com o ginecologista, obstetra e especialista em Medicina Fetal, Dr. Jurandir Passos, do Delboni Medicina Diagnóstica. Isso porque o período fértil corresponde à ovulação da mulher; dura 24 horas e geralmente 14 dias antes da próxima menstruação. Ou seja, em um ciclo regular de 28 dias, o período fértil seria exatamente na metade, lembrando que a conta começa no primeiro dia da menstruação.
 
“Ocorre que a maioria das mulheres não tem um ciclo de 28 dias”, diz o especialista. “Mesmo aquelas que possuem ciclos regulares podem sofrer variações esporádicas devido a estresse ou outros fatores”.
 
O fato de a participante ter recebido a pílula do dia seguinte depois de dois dias também pode contribuir para uma possível gravidez. O ideal é que o remédio seja ingerido por até 72 horas após a relação sexual, já que a eficácia cai quanto mais a mulher demora a tomá-lo. “A recomendação é que ela seja tomada o quanto antes”, afirma Dr. Passos. 
 
Conforme ele explica, a base da pílula do dia seguinte é a progesterona, hormônio que torna o útero um lugar inóspito para a fixação de um novo embrião, descamando o endométrio. Porém, se a mulher já estiver grávida, a pílula não terá efeito. “Também é importante lembrar que o método é considerado de emergência e sua dose hormonal é muito maior do que os não-emergenciais, a exemplo do anticoncepcional. Seus efeitos colaterais incluem náusea, vômito, diarreia, cólica, dor de cabeça e irregularidade no ciclo menstrual, como atrasos ou adiantamento da menstruação, sangramentos longos ou constantes”, revela Dr. Passos. 
 
A pílula do dia seguinte tem cerca de 15 vezes mais hormônio do que as pílulas tradicionais. Por isso, a pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência, portanto deve ser utilizada apenas em último caso. “Não deve ser usado como rotina, pois pode fazer mal à saúde. Não se deve fazer de seu uso um hábito e nem tomar mais que uma dose por mês”